Risco de incêndios mobiliza o Legislativo com novo requerimento

O estado de São Paulo integra a lista dos estados brasileiros que mais registraram  incêndios no mês de agosto, com 3,4 mil focos e mais de 59 mil hectares queimados em regiões de plantio de cana-de-açúcar, por exemplo. 

Segundo estudo em andamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios), divulgado no início do ano, que ouviu representantes de mais de 3,6 mil cidades brasileiras, apenas 22% dos gestores consideram que seus municípios estão preparados para enfrentar as mudanças climáticas. Entre os principais motivos para a falta de preparo apontada pelos prefeitos estão a ausência de capacidade técnica e financeira.

Para o professor titular da Universidade Federal de Alfenas, Alexandre Silveira, do curso de Engenharia Ambiental, uma medida efetiva dentro das múltiplas ações de prevenção e combate a incêndio é fazer um levantamento detalhado das condições da rede de água dos municípios, já que é dessa fonte que se abastece o Corpo de Bombeiros. “A falta de hidrantes em locais mais afastados, por exemplo, é preocupante, já que os incêndios hoje atingem mais as áreas periféricas que fazem limite com a zona rural”, observa. 

Diante dessa nova escalada da mudança do clima no país, o vereador Danilo da Saúde encaminhou requerimento (nº 1663/2024) à prefeitura, solicitando informações sobre as providências tomadas pela administração municipal em relação ao enfrentamento das queimadas, que no passado já causaram prejuízos à cidade colocando em risco as comunidades adjacentes aos locais de incidência. 

O vereador argumenta que “se não houver apoio do poder público municipal, de forma organizada, com ações educativas, planejamento e providenciando oferta rápida e em quantidade suficiente de água para as ações de combate, novamente a população estará exposta, com possibilidade de termos tragédia no município com proporções imensuráveis”. 

No texto, o parlamentar solicita ao prefeito Daniel Alonso informações sobre “quais providências estão sendo adotadas para o enfrentamento da grave situação das queimadas e como a administração municipal está organizada quanto à adoção de medidas de orientação à população”, pedindo ainda o envio dos contatos dos órgãos responsáveis para eventuais denúncias e pedidos de informações.

O requerimento, que foi encaminhado à Defesa Civil e ao Ministério do Meio Ambiente, também solicita o envio de informações sobre o mapeamento das áreas de risco e instalação de hidrantes nesses locais; cópia do plano de ação da defesa civil, com relatório das capacitações e trabalhos educativos realizados; relatório com o  dimensionamento da estrutura municipal para enfrentamento de queimadas (pessoal e equipamentos); número de caminhões pipa e, por fim, número de famílias cadastradas, residentes em áreas de risco e planos de contingência.

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