Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base em dados obtidos durante o Censo 2022, revela que 39.813 pessoas com 18 anos ou mais não completaram o ensino fundamental em Marília. Ou seja, 21,3% da população adulta da cidade não possui grau de instrução. Isso impacta diretamente na empregabilidade, renda e até na participação cidadã dessas pessoas.
O objetivo do ensino fundamental, cursado entre os 6 e 14 anos no geral, antes do ensino médio, é garantir que os alunos adquiram conhecimentos básicos de leitura, escrita, matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física. O objetivo das administrações públicas é que todas as pessoas tenham alfabetização completa.
A falta desse nível básico de escolaridade limita o acesso a empregos melhores e a oportunidades de crescimento profissional, resultando em trabalhos informais ou de baixa remuneração, além de dificultar a participação em concursos públicos.
Além disso, é um fato que impacta diretamente na qualidade de vida dessas pessoas. Baixos níveis de instrução podem dificultar o acesso a informações essenciais, como direitos trabalhistas, saúde e finanças pessoais; dificuldade em interpretar bulas de remédio; entender contratos ou até mesmo acompanhar debates políticos.
Uma das formas de combater esse dado é através de políticas públicas, sendo este mais um dos desafios do prefeito Vinícius Camarinha em seu mandato. Já estão abertas até 14 de março as inscrições para o curso do EJA (Educação de Jovens e Adultos) em Marília, direcionado a pessoas com 15 anos ou mais que não concluíram a Educação Básica, mas outras ações também podem ser aplicadas, como parcerias com empresas para oferecer qualificação profissional a essa população e programas sociais que combatam a evasão escolar desde cedo.
OUTROS DADOS /O Censo 2022 revelou também que 28.089 (15%) marilienses têm o fundamental completo e médio incompleto; outros 75.459 (40,3%) possuem médio completo e superior (faculdade) incompleto; e, por fim, 43.457 (23,2%) concluíram o ensino superior.
Dentre os moradores que têm diploma profissional, a maioria se encaixa nas áreas de negócios, administração e direito, com 36,5% dos formados. Em seguida, temos saúde e bem-estar, com 18,8%; educação, com 11,8%; engenharia, produção e construção, com 9%; ciências sociais, comunicação e informação, com 6,5%; artes e humanidades, com 5,3%; computação e TIC, com 3,6%; agricultura, silvicultura, pesca e veterinária, com 2,8%; ciências naturais, matemática e estatística, com 2,1%; e serviços, com 0,8%. Outras formações não especificadas pelo IBGE representam 2,8%.
