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A queimada em reserva e pastagens das Fazendas Guaiuvira e Água do Cedro

A história da cidade de Pompeia foi marcada, nos últimos dias, por incêndios de grandes proporções que impactaram severamente extensa área de preservação de vegetação nativa. Uma força-tarefa envolvendo autoridades e comunidade trabalhou durante cerca de duas semanas no município, chegando a mobilizar, nos dias mais críticos, 100 pessoas no combate ao fogo. 

Uma rede de solidariedade se instaurou, com destaque a um grupo de mulheres que se organizou para o fornecimento de marmitas, água e máscara para brigadistas e voluntários. Toda a ação envolveu equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, por meio do helicóptero Águia, Defesa Civil, Prefeitura de Pompeia e de municípios vizinhos, além de produtores rurais, comerciantes, industriais e moradores.

Mesmo sob controle, alguns focos seguem em monitoramento. Para a natureza, entretanto, o prejuízo é incalculável. De acordo com a assessoria de imprensa das fazendas afetadas, Guaiuvira e Água do Cedro, o fogo atingiu quase a totalidade dos 1.500 hectares de mata, além de 260 hectares de pastagens e cercas. 

Ainda segundo o texto enviado ao O DIA, ambas as fazendas desenvolvem um projeto ambiental conjunto de preservação da vegetação nativa, que é uma floresta de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, denominada Floresta Tropical Semidecídua. São contempladas as preservações de espécies da fauna e flora, nascentes, viveiros para produção de mudas, manutenção de apiários, entre outras ações.

A ação emergencial do momento consiste em manter o fogo controlado e promover alimentação aos animais silvestres. Grupos organizados do município de Pompeia disponibilizam, em pontos estratégicos da mata, cochos de alimentos (frutas e vegetais) e água. 

“A recuperação total pode demorar mais de 100 anos, mas nossos esforços agora são para recuperar e fazer tudo o que a tecnologia nos permite para que isso ocorra com mais celeridade. De nossa parte, queremos agradecer aos órgãos oficiais e especialmente aos voluntários e aos colaboradores das fazendas, que mantiveram o espírito de solidariedade e união naqueles dias sem trégua. Foi isso que nos fortaleceu para enfrentar o fogo. E é por esse mesmo espírito que queremos recuperar a mata. É para o bem de todos”, salienta um dos gestores da Fazenda Guaiuvira, Mário Bastos.

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