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Ações contra queimadas mobilizam Marília em meio a cenário nacional de alerta

Foto: Governo de SP

A Prefeitura de Marília intensificou as ações de combate às queimadas neste período de estiagem, com campanhas para conscientizar a população sobre os riscos do fogo em áreas urbanas e rurais. Proprietários de terrenos estão sendo notificados a realizar capinação e limpeza sem o uso de fogo, sob pena de multa que varia entre R$ 2,97 e R$ 5,93 por metro quadrado queimado — em um terreno de 200 m², a penalidade pode chegar a R$ 594,00, informou a assessoria de imprensa a pedido do O DIA.

A fiscalização pode ser acionada pelos telefones (14) 3401-2000, da Secretaria do Meio Ambiente, ou 0800-776-6111, da Ouvidoria Municipal. A ocorrência de queimadas resulta em autuação imediata. Na zona rural, a responsabilidade é da Polícia Ambiental.

Segundo a Prefeitura, as queimadas têm se concentrado nas periferias da cidade e, na zona rural, às margens de rodovias e córregos, causando fumaça intensa e transtornos para a população.

Em âmbito estadual, até setembro, São Paulo registrou 1.695 focos de incêndio, contra 7.291 em 2010 e 6.123 em 2020 — anos que bateram recorde de queimadas em território paulista. A Defesa Civil de São Paulo emitiu sucessivos alertas de baixa umidade e alto risco de incêndios florestais. O mais recente — o quarto aviso do ano — abrangeu 511 dos 645 municípios paulistas, incluindo Marília e cidades de diversas regiões. A mensagem reforça os perigos à saúde e pede que a população evite queimadas.

O panorama nacional também acende sinais de preocupação. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam que 2025 já registra a quinta maior área queimada entre janeiro e agosto desde o início da série histórica, em 2003, com 186,5 mil km² atingidos — a maior parte no Cerrado, bioma que responde por 64% das queimadas.

Em Marília, o poder público alerta que, além das multas, as queimadas oferecem sérios riscos à saúde da população e ampliam a poluição atmosférica. As medidas de conscientização e fiscalização, segundo a Prefeitura, buscam reduzir os impactos desse problema recorrente em períodos de seca.

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