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Área de mata nativa abriga mais de 100 espécies de animais em Pompeia

Zootecnista Mário Bastos, durante audiência pública da Eixo-SP, em Pompeia. Foto: Arquivo pessoal

Uma área de 1,5 mil hectares de mata nativa em Pompeia abriga mais de 100 espécies de animais, incluindo espécies ameaçadas como a anta e o macaco-prego-preto. O espaço pertence às Fazendas Guaiuvira e Água do Cedro, que há quase um século se dedicam à preservação da biodiversidade local.

Segundo Mário Bastos, zootecnista e gestor da Fazenda Guaiuvira, um estudo ambiental realizado nos anos 2000 mostrou a importância da mata para a fauna local. Agora, o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e Rima (Relatório de Impacto Ambiental), elaborados em 2024 pela Eixo-SP, reforçaram esse papel. “A vegetação preservada é essencial para a manutenção das espécies e o equilíbrio ambiental”, afirma Bastos.

Classificada como Floresta Tropical Semidecídua, a área é uma transição entre Mata Atlântica e Cerrado, com 113 espécies de aves, 14 de anfíbios e quatro de répteis identificadas recentemente.

A conservação também impacta o microclima e os recursos hídricos, fixando carbono, reduzindo a temperatura e protegendo nascentes. Após um incêndio em 2024, antas foram vistas retornando à área em busca de alimento, o que reforça a importância do habitat.

Conforme o O DIA noticiou, a construção do contorno rodoviário de Pompeia-Paulópolis, prevista para 2029, impactará parte desta área de mata. O projeto, que terá 19 quilômetros de extensão e um investimento de R$ 489,2 milhões, busca desviar o tráfego da SP-294 da zona urbana de Pompeia. Embora tenha sido planejado para minimizar impactos ambientais, a obra exigirá a desapropriação de 166,95 hectares, incluindo áreas de vegetação nativa.

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