Arroz sofre aumento de 5% e quase não é encontrado por menos de R$ 25

O arroz, um dos alimentos mais populares na mesa dos brasileiros, quase não está mais entrando na panela de muitas famílias de Marília e região. O produto vem sofrendo sucessivos aumentos e atualmente é vendido por valores que já foram praticados quando a pandemia de covid-19 estava em seu momento mais grave e mexeu com a economia de todo o país.
Entre os itens analisados pelo Procon na cesta básica de Marília, o saco de cinco quilos de arroz agulhinha tipo 1 sofreu alta de 5% quando comparado ao mês passado, saindo de R$ 23,95 para R$ 25,10.

Apesar de ele inflacionar parcialmente a cesta, o valor final dela ficou em R$ 484,62, diminuição de R$ 1,30 em comparação com agosto.

A produção do O DIA ligou para cinco supermercados da cidade e confirmou que o alimento é comercializado, em média, por quase R$ 25. Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP (Universidade de São Paulo) mostram que a saca de 50 quilos voltou a ser negociada no patamar de R$ 100 nesta semana.

 Os valores praticados atualmente são os maiores desde novembro de 2020, quando o mês terminou em R$ 103,98. Na época, o Brasil viveu a disparada do preço do arroz no mercado doméstico e os preços ao consumidor chegaram a dobrar em poucos meses.

FATORES

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz, a disparada dos preços pode ser explicada por uma série de fatores. Entre elas, o clima no Rio Grande do Sul, estado que responde por 70% da produção de arroz no país. A safra que já foi colhida sofreu com a estiagem em 2022. Agora, na entressafra, as chuvas e o impacto do ciclo extratropical estão atrasando o início do plantio.
Sobre os próximos meses, a associação não está otimista e os valores não devem cair a curto prazo.

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