Atletas da Associação Mariliense de Esportes Inclusivos conquistam Ouro em Paris

Três atletas da Amei (Associação Mariliense de Esportes Inclusivos), convocados para os Jogos Paralímpicos de Paris, comemoraram a conquista de duas medalhas de ouro na competição, que terminou neste domingo (8), com a melhor campanha já realizada pelo Brasil. A judoca veterana e, agora, bicampeã, Alana Maldonado, e a estreante Rebeca Silva, subiram ao primeiro lugar no pódio. O experiente atleta Daniel Martins competiu na prova dos 400 metros rasos, classe T20 (deficiência intelectual), conquistando o sétimo melhor tempo. 

Alana, que possui deficiência visual, é filiada à Amei desde 2014, quando cursava Educação Física na Unimar. De lá para cá, sua trajetória no judô foi exponencial, acumulando vitórias já na primeira competição que participou nesse mesmo ano. Rebeca Silva, medalhista nos Jogos Parapan no Peru, classificada em primeiro lugar no ranking mundial de judô na categoria acima de 70kg para atletas J2 (baixa visão), integra a equipe da Amei desde 2019. 

As conquistas desses atletas trouxeram mais visibilidade ao trabalho realizado na entidade. “Ficamos muito felizes em contribuir, de alguma maneira, com essa campanha histórica do Brasil nas Paralimpíadas. As medalhas do judô e a grande participação do atletismo nos mostra que estamos no caminho certo na formação de atletas, apesar de não ser o objetivo principal da Amei, mas ser uma consequência de um trabalho muito sério, buscando sempre essa valorização da pessoa com deficiência, e esse é um resultado muito claro do que acontece quando se dá oportunidade para o desenvolvimento das potencialidades”, afirmou o gestor da Amei, Levi Carrion,

Levi explica que agora já começa o ciclo de preparação dos atletas para Los Angeles, e a intenção é aumentar o número de participantes da Amei. “Nosso objetivo é tentar pelo menos quatro atletas da Amei representando o Brasil em Los Angeles e, dentro do nosso planejamento, pretendemos iniciar com novas modalidades, a partir do próximo ano, sempre com o objetivo de trabalhar com mais qualidade no esporte para pessoas com deficiência em Marília”, finaliza. 

A Amei, fundada em 2003, atende hoje 300 pessoas em trabalho dividido em duas linhas: uma social e outra de alto rendimento. Neste ano, a entidade ganhou nova sede, mais ampla, avançando no projeto de ampliação do esporte paralímpico na cidade.

A delegação brasileira teve um saldo recorde de medalhas com 89 pódios conquistados, sendo 25 ouros, e chegou ao resultado inédito com o quinto lugar no quadro geral de medalhas. 

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