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Audiência de custódia confirma prisão de acusado por incêndio que matou sete em Marília

Foto: Samantha Ciuffa/O DIA

Em audiência de custódia realizada por videoconferência nesta quarta-feira (26), o Tribunal de Justiça de São Paulo homologou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva de Leandro Inacio da Silva, acusado de iniciar o incêndio que matou sete detentos e feriu outros presos e policiais penais na Penitenciária de Marília, na tarde de terça-feira (25).

A sessão foi conduzida pelo juiz Victor Gavazzi Cesar. Leandro não participou por estar internado, mas foi representado pela Defensoria Pública. A conversão da prisão em preventiva foi fundamentada na gravidade dos crimes, no risco à ordem pública e na existência de indícios consistentes de autoria. O magistrado destacou que o custodiado assumiu o risco de provocar mortes ao incendiar seus pertences dentro de uma cela coletiva com 14 presos.

Segundo a decisão, o ambiente fechado e a presença de materiais inflamáveis ampliaram o potencial destrutivo do fogo, tornando inviável a aplicação de qualquer medida cautelar alternativa. Leandro permanecerá sob escolta enquanto estiver internado e, após a alta, deverá passar por nova audiência de custódia.

O incêndio começou por volta das 16h45. Apesar da abertura automática das portas, nenhum preso deixou a cela nos primeiros momentos, e policiais penais precisaram entrar para resgatar os internos em meio à forte fumaça. As vítimas fatais foram: Doildo Diego Pires, Wallace Ferreira dos Reis, Charles Andrey Souto Silva, Wender Felipe Maciel, Matheus Gregorio da Silva, Caio Vinicius Oliveira e Thiago Nascimento de Oliveira.

Dois detentos receberam alta e já retornaram à unidade prisional. Outros cinco seguem internados — dois no Hospital das Clínicas e três na Santa Casa. O autor do incêndio está entre os que permanecem hospitalizados. Cinco policiais penais também precisaram de atendimento médico, mas todos foram liberados.

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