A Prefeitura de Marília confirmou um caso de leishmaniose canina na cidade. Em resposta, a administração municipal lançou um processo de licitação para adquirir 100 coleiras repelentes para mosquito transmissor da leishmaniose a um custo estimado de R$ 8.838,00. Pelo texto, as coleiras de uso veterinário são destinadas a cães acima de 10kg ou tamanho G. A medida visa intensificar as medidas de prevenção e controle da doença.
A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitida pela picada de insetos flebotomíneos infectados, popularmente conhecidos como “mosquitos-palha”. Embora afete principalmente cães, a doença pode ser transmitida aos seres humanos, representando um risco significativo à saúde pública.
A iniciativa de distribuir coleiras repelentes faz parte de uma estratégia mais ampla de combate à leishmaniose no município. Essas coleiras contêm substâncias que afastam os mosquitos transmissores, reduzindo a incidência de novas infecções em cães e, consequentemente, a possibilidade de transmissão para humanos.
Marília é considerada região endêmica para a doença. Em 2017, o número de humanos contaminados chegou a 13, o que chamou a atenção do Ministério Público, que protocolou um ofício na prefeitura pedindo informações sobre o trabalho que estava sendo feito para impedir o avanço da doença, que teve seu primeiro registro na cidade em 2011.
Além da distribuição das coleiras, a Prefeitura de Marília está intensificando ações educativas junto à população, destacando a importância de medidas preventivas, como manter os quintais limpos e livres de matéria orgânica em decomposição, que serve de criadouro para os mosquitos; utilizar telas de proteção em portas e janelas e aplicar repelente em áreas expostas do corpo, especialmente ao entardecer e à noite, quando os mosquitos são mais ativos.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça a necessidade de os proprietários de cães ficarem atentos aos sintomas da leishmaniose, que incluem perda de peso, lesões de pele, crescimento anormal das unhas e apatia. Ao identificar qualquer um desses sinais, é fundamental procurar orientação veterinária imediatamente.
