Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde mostra que a situação da dengue em Marília se agravou em 2024, na comparação com 2023. No último ano, foram registrados 10.121 casos confirmados da doença, contra 3.122 confirmações em 2023 – um crescimento exponencial de 224%. Número de óbitos também apresentou um grande aumento, subindo de cinco (2023) para 19 (2024), o que equivale a uma alta de 280%
Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que os casos prováveis da doença na cidade, ou seja, a soma dos confirmados com aqueles que estão em investigação, totalizam 11.139. A mesma tabela demonstra 22 óbitos em Marília, embora três deles ainda estejam sendo analisados.
No documento local da Vigilância Epidemiológica, a cidade fecha o ano com 1.834 casos de Covid e 19 óbitos. Acidentes com animais peçonhentos, como aranhas e escorpiões, resultaram em 257 atendimentos na rede pública municipal.
A fiscalização dos agentes de saúde nos domicílios, campanhas educativas nas escolas — realizadas por meio de livros que custaram mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos no ano passado — e a publicação do Decreto nº 14.455, em agosto, para a criação do comitê de enfrentamento da dengue e outras arboviroses transmitidas por mosquitos, não foram suficientes para deter o avanço da doença.
No país, segundo o Ministério da Saúde, em 2024 houve 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença. Há ainda 908 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue, até o dia 28 de dezembro, era de 3.193,5 casos para cada 100 mil habitantes.
Assim como no Brasil, em Marília a maioria dos casos prováveis de dengue (56%) em 2024 foi identificada entre mulheres. No recorte de faixa etária, a população mais atingida está entre 30 e 69 anos, com concentração da maior parte dos casos prováveis entre 40 e 49 anos.