A apreensão de quem mora nos prédios do conjunto habitacional “Paulo Lúcio Nogueira”, na região Sul de Marília, aumenta a cada dia. Localizados na rua Mário Bataiola, 501, e construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), muitos apartamentos apresentam diversos problemas, como rachaduras que evidenciam que os prédios estão cedendo.
Os moradores, preocupados com o acelerado processo de degradação, enviaram uma carta ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), que foi anexada ao processo que tramita na Justiça de Marília para que reforma seja feita.
Os moradores relatam processo cada vez mais rápido de quebra de degraus nas escadas, com descolamento de concreto em diferentes andares. Esse indício, anteriormente apontado em uma perícia, levanta a preocupação de que a estrutura esteja à beira do colapso. A gravidade da situação é explicada em detalhes na carta, que informa também o afundamento da casa de energia e a presença de água sob o prédio e trincos e buracos nas paredes.
Diante da situação cada vez mais preocupante dos imóveis, os moradores buscaram a Defesa Civil, que, segundo eles, afirmou não poder removê-los do local. Contudo, foi isolada uma área para evitar aproximação, considerando o risco iminente. Eles destacam ainda que, mesmo com a intervenção da Defesa Civil, a solução para a situação ainda não foi apresentada. Muitos moradores tiveram que evacuar seus apartamentos por conta própria.
A briga judicial segue na Justiça, com pedido de interdição e realocação de moradores pelo MP com decisão favorável em primeira instância, mas suspensa em segunda. A CDHU alega que a manutenção do prédio é de responsabilidade dos moradores e audiência de conciliação deve ocorrer em março de 2024.