O prefeito Vinícius Camarinha (PSDB) apresentou, em evento realizado na manhã desta quarta-feira (19), o resultado de um inventário sobre a atual situação dos prédios da educação, saúde e esportes de Marília, além de dados sobre a realidade financeira da administração municipal. Segundo o levantamento, a prefeitura possui um déficit de R$ 30 milhões por mês nas contas públicas e precisará investir R$ 160 milhões para recuperar a estrutura de todas as escolas, unidades de saúde, poliesportivos e centros comunitários.
De acordo com o prefeito, a cidade arrecada aproximadamente R$ 100 milhões por mês, enquanto possui um custo de cerca de R$ 130 milhões mensais. Para diminuir esse déficit, houve a redução das funções gratificadas (encargos de chefia ou conjunto de atribuições e responsabilidades) e reorganização administrativa com fusão de algumas secretarias, que resultaram em uma economia imediata de R$ 550 mil mensais.
Adicionalmente, o município apresenta dívida calculada em aproximadamente R$ 955,748 milhões a longo prazo, e R$ 147,770 milhões a curto prazo. “Isso é para pagar amanhã. São prestadores de serviços em todas as áreas do nosso município. É um grande desafio, porque os serviços se interrompem ou perdem qualidade [quando não são pagos]”, afirmou Vinícius Camarinha.
CONTRATOS /Ainda segundo o prefeito, contratos de serviços e aluguéis estão sendo revisados, como um contrato de internet em que estava sendo pago cinco vezes mais do que o valor habitual.
“Tem muita coisa que o preço não bate, que o metro quadrado não é o correto. Então estamos fazendo essa revisão. Até sexta-feira está pronto. Só na Secretaria de Tecnologia e Inovação tinham inúmeros contratos desnecessários, suspeitos, que dão prejuízo de R$ 5 milhões por ano. Então, é mais um recurso que vai entrar para diminuir o déficit”, afirma.
PRÉDIOS PÚBLICOS /Vinícius Camarinha também declarou que será necessário um investimento de R$ 160 milhões para recuperar todos os prédios da educação, esporte e saúde, conforme apontou o levantamento realizado pelas secretarias. Ele detalha que, para as 67 escolas, será preciso R$ 73 milhões. Para as unidades de saúde, R$ 43 milhões e, para os 34 poliesportivos e centros comunitários, mais R$ 45 milhões.
“Pedi para as secretarias separarem e reformarem as que estão mais urgentes. E mandei um Projeto de Lei para a Câmara para que loteamentos e empreendimentos que vierem para a cidade façam parcerias de contrapartidas com a prefeitura, e elejam uma dessas obras para assumir”, pontua o prefeito.
APOIO /Para auxiliar em todo esse processo de reestruturação administrativa e financeira, a prefeitura contratou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que fará um diagnóstico e apontará soluções inteligentes para resolver os problemas atuais. A prestação da consultoria se dará por dois anos.
