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Concessão de terrenos nos cemitérios de Marília gera debate na Câmara

Cemitério da Saudade está sob a gestão da Emdurb (Foto: O DIA)

O vereador Luiz Eduardo Nardi (Cidadania) repercutiu, na sessão camarária da última segunda-feira, dia 2, que teve acesso a uma lista de marilienses que foram notificadas pela Prefeitura, na gestão passada, para remoção de ossadas de familiares enterrados nos cemitérios da cidade. Portaria nº 08/2024, assinada pelo ex-presidente da Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana), Valdeci Fogaça, regulamentou e determinou prazo para a concessão dos túmulos e o caso gerou debate na Casa de Leis.

A discussão começou após a apresentação do requerimento nº 1130/2025, de autoria do vereador Guilherme Burcão (DC), que pediu ao Executivo melhorias nos cemitérios que realizam “enterro social” (serviço gratuito), nos distritos de Avencas, Padre Nóbrega e Rosália. “Infelizmente, os cemitérios desses distritos estão em condições precárias, com infraestrutura deteriorada e falta de manutenção, o que tem gerado inúmeras reclamações da população. Em um dos momentos mais difíceis da vida – o de perder um ente querido –, as famílias se veem obrigadas a lidar com a ausência de um local digno para o sepultamento”, argumentou o parlamentar.

Na sequência, o vereador decano do Legislativo mariliense, Nardi, destacou que o último decreto da Prefeitura, emitido pela gestão do ex-prefeito Daniel Alonso (PL), determinou um prazo para o uso dos túmulos. “Eu tenho uma lista de familiares que foram notificados. Sou do tempo em que as pessoas compravam terrenos nos cemitérios”, alertou, ao sugerir ao prefeito Vinicius Camarinha (PSDB) que derrube o decreto.

Já o vereador Wellington Corredato, o Batata (PP), explicou que os proprietários de terrenos não serão afetados. “A intenção do decreto era regulamentar o uso dos túmulos. Quem não é proprietário, participou de um processo de concessão por tempo determinado”, esclareceu.

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