Os usuários do transporte coletivo devem preparar os bolsos. Em 15 dias, a tarifa cobrada nos ônibus passa a ser de R$ 5,75, um aumento de 27,7% em relação ao valor atual. Em nível de comparação, o salário mínimo esse ano teve alta de apenas 6,96%, chegando a R$ 1.412. A autorização do reajuste ocorre ainda em meio a constantes reclamações de passageiros sobre a qualidade do serviço prestado pelas concessionárias.
Apesar da publicação do decreto de autorização ontem (28), assinado pelo prefeito Daniel Alonso, a data que o novo valor passa a vigorar causou impasse. A prefeitura informou que a tarifa passa a valer no dia 20 de março, já as empresas no dia 15, pois levam em conta o sábado como dia útil. Fonte jurídica ouvida pelo O DIA destaca que, para fins desta contagem, as empresas têm razão, porém até o fechamento desta matéria não havia uma resposta oficial do município.
No decreto, são elencados vários motivos para o aumento autorizado na semana passada, no dia 23, após reunião do SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização do Transporte Coletivo Urbano). Segundo o documento, o reajuste ocorre para o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, já que o último é de 2021 e deveria ocorrer anualmente.
Entre as outras justificativas estão valor dos insumos, que em alguns casos chega a quase 36%, como com o diesel, ampliação da gratuidade, com 32% dos usuários do serviço com este direito, diminuição de 26% no número de passageiros após a pandemia da covid-19, além de atendimento dos distritos de Rosália, Amadeu Amaral e Avencas.
Em 2021, as concessionárias Grande Marília e a Sorriso já solicitavam a tarifa de R$ 6,24. Desta vez, pediram R$ 8,10, o que foi negado pelo SAF.