O primeiro mês do ano é simbolizado por uma importante campanha relacionada à saúde mental, o “Janeiro Branco”. Neste período, esforços são direcionados ainda mais intensamente para divulgar o trabalho de profissionais que cuidam de pessoas com algum transtorno mental. Em Marília, é possível buscar ajuda através da atenção primária à saúde, com apoio dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), além de outros projetos atuantes no município. Atendem também, somente em casos de urgências, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e o Pronto Socorro do Hospital das Clínicas.
Adriana Dezotti, terapeuta ocupacional e integrante do Comus (Conselho Municipal de Saúde), durante entrevista à rádio Jovem Pan Marília (100,9 FM), do mesmo grupo do O DIA, destaca a importância de dar atenção à saúde mental da população que convive com algum nível de sofrimento psíquico. Segundo ela, a participação social, em conjunto com o governo municipal, contribui para uma ação integralizada e fortificada no município.
Além dos serviços públicos, Marília conta atualmente com grupos de apoio à causa, como o Saúde Mental em Pauta, que atua em conjunto com a sociedade civil, Defensoria Pública e conselhos. “Nos reunimos para mobilizar a melhoria da saúde mariliense e planejar ações pontuais”, explica Dezotti, que também faz parte do grupo de trabalho.
A terapeuta ainda destaca o Grupo de Prevenção ao Suicídio, coordenado pela psicóloga Luciana Handa. “Coletivo composto por profissionais voluntários que oferecem acolhimento e escuta”, afirma Adriana. A profissional ressalta também a necessidade de maior acesso aos dados da Vigilância Epidemiológica, que levanta os percentuais de pessoas do município que sofrem com doenças mentais. “Vamos pedir também as taxas de suicídio, pois talvez Marília seja um dos municípios do Brasil com maiores índices. Com os dados, vamos entender se existe subnotificação”, alerta.
