A família de Maria Giovana Marciano Sichciopi, de 27 anos, passa por momentos de angústia com a espera por um leito hospitalar em Marília. A jovem foi vítima de um acidente de trânsito no dia 22 de setembro deste ano, na região Central da cidade, onde teria perdido o controle de sua moto ao desviar de um obstáculo. Ela foi socorrida até o HC-Famema (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília), mas na mesma madrugada foi transferida para a Santa Casa.
“Não tinha neurocirurgião no HC, então ela passou por cirurgia na Santa Casa e ficou 15 dias na UTI. Depois ela acabou sendo liberada, mas nos dias seguintes passou mal novamente”, relata a mãe, Lilian Marciano, que questiona a alta diante do quadro de saúde. Em seguida, Maria Giovana foi levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à UPA Norte (Unidade de Pronto Atendimento), onde permanecia até o fechamento desta reportagem.
“Os médicos da UPA falaram que não tem condições de levar ela para casa. Ela não satura bem sem oxigênio e precisa passar de novo por exames médicos em um hospital. O caso dela é muito delicado e a gente não consegue leito. Ela é mãe de duas crianças”, diz Lilian.
EM RESPOSTA /O superintendente da Santa Casa de Marília, Márcio Mielo, declarou que a paciente foi recebida pelo hospital, passou por neurocirurgia e teve todo o atendimento necessário, inclusive com a implantação de sonda e traqueostomia.
Mielo relata que no dia 16 de outubro foi feito o primeiro contato com o programa “Melhor em Casa”, para começar a trabalhar a alta de Giovana. “A equipe multidisciplinar da Santa Casa se reuniu no dia 8 de novembro, junto com a família e os profissionais do Melhor em Casa, para as orientações finais. […] Ela já não apresentava febre nem tomava antibiótico.”
Ainda foi informado que a Santa Casa permanece com lotação total tanto na enfermaria quanto na UTI, e que a paciente deve ser tratada em hospital especializado. A diretoria também confirmou que Maria Giovana tem agendamento no ambulatório de neurocirurgia, para verificar como está em relação ao procedimento de descompressão craniana que foi realizado.
O jornal O DIA pediu um posicionamento à Secretaria Estadual da Saúde e questionou sobre a ausência de vagas em Marília, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.