A Federação Paulista de Atletismo ingressou com uma representação no MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) para que sejam apuradas diversas denúncias que envolvem o esporte no município de Marília.
No documento, a organização aponta o “descaso” por parte da prefeitura em relação ao Estádio Varzeano Pedro Rojo Lozano Sola e suposta perseguição aos treinadores Alecsandro Ramos da Silva (Lecão) e Luiz Carlos Albieri (Esquilo).
A Federação também elenca uma série de precariedades em equipamentos de treino, como o colchão utilizado para saltos em altura, barra de medição e gaiola de proteção para discos.
Fotografias foram anexadas para demonstrar os buracos, poças e sujeiras na pista de treinamento, o que estaria dando origem à infestação de escorpiões e tornando-se criadouros do mosquito da dengue.
Além disso, a Federação ressalta a situação dos banheiros e vestiários como “insalubres”.
“O atletismo já trouxe muito orgulho para Marília e para o Brasil, tendo revelado grandes nomes como Jadel Gregório, do salto triplo e salto em distância, e Thiago Braz, ganhador do ouro olímpico em 2016 na modalidade, contudo, infelizmente, este não é o motivo da presente representação”, consta.
A organização alega ainda que atletas estariam sendo coagidos e ameaçados caso continuassem treinando com Lecão ou Esquilo.
“Ocorre que os treinadores Lecão e Esquilo são referências nacionais no treinamento do atletismo, possuindo diversas referências e méritos, carregando a bandeira do esporte e vestindo a camisa do atletismo, razão pelas quais denunciaram as situações aqui narradas, sendo certo de que tal imposição pela Municipalidade se mostra como nítida perseguição aos treinadores e aos atletas por eles treinados (muitos deles menores de idade)”, afirma a associação.
A representação já foi protocolada e deve ser apreciada pelo MP nos próximos dias.