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Força motriz do desenvolvimento da ‘Cidade Coração’ é a indústria

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Nesta terça-feira, dia 17, Pompeia completa 96 anos de história e tem na indústria a força motriz de seu desenvolvimento. A importância deste setor produtivo para a cidade é medida em números da Fundação Seade, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. 

Segundo levantamento feito pelo O DIA, a indústria responde por 43,1% do PIB (Produto Interno Bruto) de Pompeia, seguida pelo setor de serviços, com 39,4%. A soma de todas as riquezas produzidas na cidade é de quase R$ 2 bilhões, com PIB per capita de R$ 91,2 mil, segundo dados da Seade. Por atividade industrial, 83,7% está concentrado em máquinas e equipamentos, 8,2% em produtos alimentícios e 7,4% em borracha e material plástico.

Já em relação ao emprego com carteira assinada, números de julho deste ano do Caged mostram que o estoque é de 9,3 mil, sendo que a indústria é responsável por 54,59% dos postos. Serviços vêm atrás, com 30%, assim como o comércio, com 11%. A agropecuária responde por 3,8% das vagas formais e a construção é o segmento que menos emprega em Pompeia, com 0,46% do estoque. O salário médio mensal em Pompeia é de R$ 5 mil.

A produção agrícola no município se concentra em sua maioria, 47,8%, na cana-de-açúcar. Logo depois vem o amendoim em casca, com 34,9% da produção, soja com 6,2%, leite com 3,8% e milho em grão com 3,4%. O rebanho maior é o de bovinos, que representa 57% do total, conforme a Fundação Seade.

A taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais de idade calculada pelo Censo 2022, divulgado pelo IBGE, em Pompeia é de 96,47%, superior à média nacional, que é de 93%. Segundo o levantamento, a cidade possui uma população de 20,1 mil, sendo 10,3 mil de mulheres e 9,8 mil de homens, com faixa etária predominante de 40 a 44 anos. Estimativa de 2024, publicada recentemente pelo Instituto, revela que o número de habitantes cresceu 1,56% nos últimos dois anos, chegando a 20.512 atualmente.

O IBGE mostra ainda, com o Censo 2022, que são 8,9 mil domicílios no município, sendo que 97,03% estão conectados à rede esgoto, 95,65% são abastecidos pela rede geral de água, 99,99% têm banheiro de uso exclusivo e 97,94% dispõem de coleta de lixo.

Em comemoração ao aniversário, geralmente Pompeia promove a tradicional Festa do Peão de Boiadeiro, que este ano ocorreu um pouco antes, em maio, com entrada gratuita, grandes shows e rodeio que foram um sucesso de público. Hoje, dia 17, não haverá comemoração aberta em razão da data, segundo informou a assessoria de imprensa da prefeitura. Atualmente, Pompeia é administrada por Tina Escorce, primeira mulher eleita prefeita na história da cidade e que está em seu segundo mandato.

Primeiros desbravadores chegaram no ano de 1852

Conforme material divulgado no site da Prefeitura de Pompeia sobre a história da cidade, a região foi primordialmente habitada pelos índios Coroados e os primeiros desbravadores chegaram em 1852, quando o governo imperial concedeu posse primária das terras localizadas nas bacias dos rios Peixe e Feio para João Antonio de Moraes, Francisco de Paula Morais e Francisco Rodrigues de Campos. 

Em 1919, Júlio da Costa Barros, Pedro Verri, Ormindo Mota, Luís Dal Monte, Luiz Scalabrini e os irmãos Pagani adquiriram dos irmãos Lélio e Marcelo Pizza parte da Fazenda Guataporanga para fins agrícolas. No terreno que adquiriu, Júlio da Costa Barros iniciou as primeiras plantações de café. Em seguida, por determinação do proprietário da Fazenda Guataporanga, fundou a Vila de Novo Cravinhos, cujo nome foi dado em homenagem à cidade de Cravinhos (Mogiana), de onde vieram os primeiros compradores. O roteiro para a derrubada das matas foi a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

“Os desbravadores seguiam até a estação de Penápolis, de onde continuavam por picadas cerca de 90 quilômetros até o ponto onde se erguia Novo Cravinhos. As primeiras terras foram compradas a R$ 0,03 o alqueire. Com uma área de mil alqueires, a Fazenda Jacutinga foi a primeira a ser formada nas imediações. Seu proprietário, Rodolfo Lara Campos, adquiriu-a para o plantio do café, dando início ao desbravamento da mata onde, mais tarde, surgiria Pompeia. Os 18 quilômetros da estrada de rodagem que liga Vila Olinda a Pompeia foram por ordem e conta do proprietário da Fazenda Jacutinga. Inicialmente, as terras pertenciam a três grandes proprietários: Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda [vertentes do Rio Peixe] e irmãos Lélio e Marcelo Pizza [vertentes do Rio Feio]”.

Em 1928, os irmãos Rodolfo e Luiz Miranda planejaram a formação de uma cidade e ordenaram a derrubada de 250 hectares de matas no espigão Peixe-Feio, nas vertentes do Ribeirão Futuro. Depois de loteada, a área recebeu a denominação de Patrimônio de Otomânia, iniciando-se a venda dos lotes. Alguns anos depois o Patrimônio recebeu a atual denominação em homenagem a Aretuza Pompéia da Rocha Miranda, esposa do senador Rodolfo Miranda.

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