Furto prejudica abastecimento de água e Daem e prefeitura apontam sabotagem

O furto de equipamentos elétricos, chamados de retificadores, paralisou na noite do último dia 28 o sistema de captação de água do Rio do Peixe, responsável pelo abastecimento de 50% de Marília. Município e Daem (Departamento de Água e Esgoto) registraram boletim de ocorrência na polícia, acusaram, em nota, sabotagem e boicote, e solicitaram ampla investigação.

Conforme o material divulgado à imprensa, os equipamentos furtados são responsáveis pelo fornecimento de energia para o sistema de captação. O problema foi identificado por volta de 23h do último domingo e os técnicos da concessionária de energia e do Daem iniciaram a instalação de um equipamento substituto.

“A parada do sistema de modo abrupto e não programado acabou gerando outros graves problemas, como o rompimento da adutora que encaminha água para Marília. Equipes da autarquia seguem em força-tarefa para a conclusão do conserto. Diante deste cenário, o sistema de captação está paralisado e, portanto, haverá falta d’água em 50% da cidade”, destaca o material.

As áreas mais afetadas pelo desabastecimento de água serão Centro, Leste, Norte e Sul. Segundo o Daem, a previsão inicial era que o conserto da rede seria finalizado no fim da tarde desta segunda-feira (29). Até o fechamento desta edição, os trabalhos seguiam.

Na nota, a prefeitura e o Daem acusam sabotagem, que impacta diretamente na imagem pública da administração, em razão da proximidade das eleições de outubro.

“Os ladrões que realizaram este furto demonstraram ter amplo conhecimento técnico e utilizaram equipamentos apropriados para a operação em rede de sistema de alta tensão. A localização do retificador – em local totalmente isolado na área rural, nas imediações da Fundação Casa – é outro aspecto que corrobora a identificação de boicote contra o abastecimento de água de Marília.”

Monitoramento dos reservatórios do Daem na manhã desta segunda-feira mostra que, dos onze que a cidade conta, quatro operavam em situação de alerta (abaixo de 50%) e um em estado crítico, da Sede, com 5% de capacidade.