Em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan nesta sexta-feira (22), em Marília, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o tombamento do Aeroclube não inviabilizará as obras de modernização do Aeroporto Estadual Frank Miloye Milenkovich. O projeto, orçado em R$ 5 milhões, está paralisado desde que a Rede Voa, concessionária responsável pela gestão do terminal, alegou impossibilidade de ampliar a estrutura após a área do Aeroclube ser reconhecida como patrimônio histórico e cultural pela Câmara Municipal.
Segundo o governador, o Estado não aceitará que Marília, considerada polo regional, fique sem um aeroporto adequado. “Não pode, em uma cidade tão importante, ter um aeroporto acanhado. Os contratos têm instrumentos para mitigar essas situações. Podemos projetar um novo terminal, mudar de área e fazer o reequilíbrio econômico-financeiro. Não vai ser o tombamento do Aeroclube que vai impedir Marília de ter um bom aeroporto”, declarou.
Tarcísio ressaltou que a Artesp (Agência Reguladora de Transportes) vai estudar alternativas junto à concessionária para garantir as melhorias previstas, inclusive com possibilidade de rever cláusulas do contrato. A proposta inicial previa um novo terminal de passageiros com dois andares, boulevard de serviços e capacidade triplicada de atendimento.
Estado avalia reforma com cobrança a moradores ou compra dos prédios da CDHU em Marília
Outro ponto abordado na entrevista foram os prédios da CDHU interditados em Marília em 2024. O governador voltou a afirmar que o Estado avalia a recuperação estrutural dos imóveis, mas defendeu que os moradores terão responsabilidades no processo. Entre as alternativas estudadas estão a reforma com retorno às unidades, mediante pagamento parcelado da obra pelos moradores, ou o Estado comprar os edifícios para que possam atender outras famílias.
“Temos um problema social a ser resolvido, mas também precisamos ter justiça com as famílias que cuidaram das suas casas. Se o Estado entrar em uma lógica de reformar habitações de quem não fez manutenção, o programa habitacional perde o sentido”, disse Tarcísio.
Confira a entrevista na íntegra: