quinta-feira, 2
de
janeiro
de
2025
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Governo anuncia uso de novas tecnologias na prevenção de desastres climáticos

Temporal com ventos de mais de 70km/h atingiu todos os municípios da região; Vera Cruz registrou queda de árvores (Foto: Prefeitura de Vera Cruz)

O temporal da última sexta-feira (11), que atingiu o estado de São Paulo com ventos de mais de 90 km/h, causou a morte de sete pessoas, sendo três em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e uma na Capital, além da queda de árvores e falta de energia. As equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil atenderam mais de 500 ocorrências em todo o Estado, segundo dados divulgados pela Defesa Civil.

Na região, Oscar Bressane e Vera Cruz registraram queda de árvores e postes, falta de energia e casas destelhadas devido à chuva. Em Presidente Prudente, houve queda de granizo, mas sem vítimas. Marília registrou 17 mm de chuva na estação de medição do aeroporto. Segundo o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, capitão Roberto Farina, os ventos no município de Bauru chegaram a 94km/h.

A situação disparou um alerta sobre a necessidade de ampliar as medidas de prevenção e orientação para a população em casos de chuva forte e vendaval como da semana passada, e investir em melhorias para o gerenciamento e prevenção de eventos climáticos que coloquem vidas em risco.

O governo do Estado divulgou investimentos feitos na compra e instalação de um novo radar meteorológico com  tecnologia de dupla polarização, o que proporciona maior e melhor precisão nas estimativas sobre a chuva e dos fenômenos climáticos. Ele emitirá alertas em tempo real sobre volume e intensidade de chuvas. O equipamento deve entrar em operação, de forma experimental, em dezembro e foi instalado no Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp, em Campinas.

Os alertas vão se somar ao Sistema de Radares do Governo de São Paulo que, desde o ano passado, conta um equipamento também de alta tecnologia instalado em Ilhabela, no litoral, com o apoio da Unesp, que consegue prever eventos climáticos em raio de até 120 km.

“A nossa meta é sempre usar a tecnologia a nosso favor, principalmente quando falamos em desenvolvimento urbano. Desde 2023, temos investido em ferramentas para monitorar ocupações de áreas de risco, situações de desmatamento e esse radar meteorológico reforça iniciativas para melhorar a fiscalização de uso do solo, prevenindo situações de risco que se tornaram mais frequentes com as mudanças climáticas”, avalia o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco.

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