Balanço realizado pelo governo do Estado sobre a operação São Paulo Sem Fogo mostra que, de janeiro a setembro deste ano, foram aplicados mais de R$ 25 milhões em multas para crimes relacionados a queimadas criminosas, e efetuadas 23 prisões de pessoas suspeitas de envolvimento em ações de início intencional de fogo.
No mesmo período, foram atendidas 2.392 ocorrências e vistoriados 2.159 focos de incêndio em vegetação e lavrados 420 autos de infração ambiental, abrangendo mais de 107 mil hectares de áreas afetadas, o equivalente a 115 mil campos de futebol em todo o Estado.
O monitoramento e a fiscalização são trabalhos conjuntos de diversos órgãos do governo, entre eles a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo e a Polícia Militar Ambiental.
Cada ponto de queimada identificado pelos satélites de monitoramento é vistoriado, para que os responsáveis sejam identificados e punidos. Os procedimentos de controle incluem o acesso aos telefones das brigadas mais próximas e o suporte da Polícia Militar Ambiental nas vistorias preventivas, garantindo uma resposta rápida e eficiente.
REDUÇÃO
Desde o final de semana, o número de focos de incêndio ativos no Estado teve redução de 88%, na comparação com a semana anterior, quando foram registrados 262 focos, de acordo com levantamento CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Defesa Civil. A redução ocorre após a queda na temperatura e a ação integrada para combate às queimadas realizada pelos órgãos públicos.
Além das ações da Polícia Ambiental, a FF (Fundação Florestal), responsável pelas Unidades de Conservação do Estado, também intensificou as ações nas últimas semanas e suspendeu a visitação a 81 Parques Estaduais, como forma de prevenção para proteger os visitantes e a população do entorno destas localidades.
A FF ampliou o número de bombeiros civis em quase 80% neste mês para combater as chamas, passando de 57 para 102 profissionais. A estrutura conta ainda com mais de 200 brigadistas e 70 vigilantes. A Fundação informou que a área queimada nas Unidades de Conservação é de cerca de 700 hectares, o que corresponde a apenas 0,07% da área total protegida de mais de um milhão de hectares. O número de animais silvestres vítimas dos incêndios chegou a 80: 44 mortos e 36 estão em tratamento.