O interrogatório do soldado da Polícia Militar Moroni Siqueira Rosa, investigado por homicídio durante uma festa de peão no distrito de Lácio, em Marília, foi cancelado. O procedimento, que fazia parte do PAD (Processo Administrativo Disciplinar) conduzido pelo 4° Batalhão de Caçadores de Bauru, estava previsto para 5 de fevereiro, mas ainda não foi remarcado. O militar segue preso no PMRG (Presídio Militar Romão Gomes), em São Paulo, à disposição da Justiça.
O cancelamento foi confirmado pelo 4º BC em resposta a uma demanda do O DIA. O Batalhão não informou os motivos para a decisão. “O interrogatório do Sd PM 152254-7 Moroni Siqueira Rosa, referente ao PAD 4º BPM/I-001/13/24, que estava previamente agendada para a data de 5 de fevereiro de 2025, foi cancelada e ainda não foi remarcada nova data; permanece recolhido ao PMRG”, informa a corporação em nota assinada pelo major PM Norberto Marsola Filho.
O CASO /O soldado Moroni, de 37 anos, é acusado de abrir fogo com sua arma funcional durante a festa do peão de Marília em 31 de agosto do ano passado, resultando na morte do técnico agrícola Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior, de 29 anos.
O crime ocorreu após um esbarrão, conforme aponta a denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Segundo a investigação, Hamilton foi atingido por quatro disparos, sendo um deles nas costas, enquanto tentava fugir. Outros dois frequentadores do evento também foram feridos de raspão.
O caso também tramita na Justiça de Marília, onde o PM responde por homicídio doloso e tentativa de homicídio. Em dezembro de 2024, um novo pedido de liberdade provisória foi negado pela Justiça.
O PAD pode resultar na expulsão do soldado da corporação, a depender do que for apurado no procedimento.