Jovens atletas protestam na Câmara contra situação precária de estádio em Marília

Público levou cartazes que continham o pedido da saída de Gastão. Foto: Assessoria de Imprensa
Público levou cartazes que continham o pedido da saída de Gastão. Foto: Assessoria de Imprensa

Atletas de Marília vêm sofrendo com o abandono do Estádio Varzeano Pedro Rojo Lozano Sola, onde realizam seus treinos. Em sessão ordinária realizada na Câmara Municipal nesta segunda-feira (4), eles protestaram contra a situação e pediram providências, além da saída do atual secretário de Esportes, Gastão Lúcio Rodrigues Pinheiro Junior.

Medalhistas de várias modalidades ocuparam as galerias da Casa Legislativa e viraram de costas durante discurso de alguns vereadores.

O caso vem sendo acompanhado pelo grupo da sociedade civil Marília PodMais. Em entrevista ao jornal O DIA, um dos membros do movimento, Jeferson José Aguiar, disse que a situação segue sendo “maquiada” pela administração pública. “O que estão fazendo com as crianças e jovens é um absurdo. Ninguém acreditaria na situação em que eles treinam”, afirma.

Segundo o grupo, após as primeiras denúncias realizadas, onde foram apontados o acúmulo de lixo e sujeira em banheiros, precariedade nas instalações elétricas e estruturais, e que meninas e meninos menores de idade precisavam dividir o mesmo banheiro com presos do regime semiaberto, a prefeitura teria tomado algumas poucas providências, como a abertura de um banheiro só para o público feminino e a limpeza dos mesmos.

Entretanto, o problema segue afetando diariamente o preparo esportivo desses jovens atletas, que utilizam-se de materiais e equipamentos sucateados para realizar suas práticas. “Muitas vezes, os próprios pais das crianças precisam improvisar os equipamentos de treino. Eles são medalhistas e precisam treinar em situação horrível”, conta Jeferson.

“Nós mesmos fizemos algumas instalações de iluminação no local. Ainda não há papel higiênico ou sabonete nos banheiros, nem bebedouro, e seguimos com problemas de invasões de pessoas em situação de rua”, completa o membro do movimento.

O O DIA entrou em contato com a assessoria da Prefeitura e solicitou um posicionamento sobre os apontamentos feitos, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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