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Justiça marca júri de policial que matou homem em rodeio de Marília

A Justiça marcou para o dia 5 de maio de 2026, às 9h30, o julgamento do policial militar Moroni Siqueira Rosa, acusado de homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio durante o evento Marília Rodeo Music, ocorrido em 31 de agosto de 2024, no distrito de Lácio, em Marília.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu — que estava armado com uma pistola Glock calibre .40, de uso funcional da Polícia Militar — teria disparado quatro vezes após um desentendimento com o jovem Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior, supostamente iniciado por um esbarrão durante o show. Três tiros foram disparados de frente e um pelas costas da vítima, que morreu no local.

Os disparos também atingiram outras duas pessoas que assistiam ao evento. Um homem foi atingido de raspão no queixo e uma mulher baleada na perna esquerda. Ambos sobreviveram.

Segundo a acusação, Moroni assumiu o risco de matar os espectadores ao atirar em meio a uma grande aglomeração, configurando o uso de meio que resultou perigo comum.

O policial foi pronunciado pela Justiça sob as acusações de homicídio qualificado — por motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima e meio que resultou perigo comum — e duas tentativas de homicídio qualificado.

Durante a instrução do processo, foram ouvidas testemunhas e as vítimas, além do interrogatório do réu. A juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal de Marília, manteve a prisão preventiva de Moroni, afirmando que “ainda estão presentes os pressupostos de admissibilidade para a imposição da custódia cautelar”, não havendo alteração que justificasse a revogação da medida.

Moroni está preso desde o dia do crime no presídio Romão Gomes, em São Paulo, e recentemente foi expulso da Polícia Militar.

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