segunda-feira, 17
de
novembro
de
2025
☁️ 23°C

Laudo detecta ácido em duas garrafas de água envolvidas em caso de intoxicação em Garça

O laudo preliminar do Instituto de Criminalística sobre o caso de intoxicação após consumo de água mineral em Garça confirmou que duas garrafas do lote investigado estavam adulteradas. As embalagens, apreendidas na UPA, continham um líquido ácido extremamente forte e apresentavam o lacre violado. A análise foi realizada após um funcionário de uma empresa da cidade passar mal em 10 de outubro, minutos depois de ingerir a água.

Segundo a perícia, as duas garrafas continham um líquido com pH entre 0 e 1, coloração amarelada, odor agressivo e desprendimento de gás — características totalmente incompatíveis com água mineral. Uma enfermeira que prestou os primeiros socorros relatou queimaduras ao ter contato com o conteúdo.

As demais amostras do mesmo lote, recolhidas na empresa fabricante e em distribuidoras, estavam lacradas, com pH adequado (próximo de 7), aparência cristalina e sem odor. A perícia descartou falha no processo de produção. No total, mais de 11 mil garrafas foram apreendidas durante o rastreamento feito pela Polícia Civil de Garça e de Pinhalzinho, onde a água foi envasada.

Em nota, o delegado Adriano Marreiro destacou que a contaminação está restrita às duas embalagens apreendidas na UPA de Garça. “As demais amostras do mesmo lote, coletadas em distribuidoras e na empresa, estavam íntegras e sem qualquer anormalidade, afastando indício de falha na produção”, afirmou Marreiro.

Testes iniciais indicam que o líquido corresponde a um ácido forte, cuja identificação exata depende de análise química complementar.

Com o resultado preliminar apontando adulteração pontual e restrita às garrafas violadas, o inquérito agora busca esclarecer quando as embalagens foram manipuladas, quem teve acesso a elas e se houve intencionalidade na contaminação. O laudo final deve ser concluído nas próximas semanas.

Leia também