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Marília decreta emergência em saúde pública após alta nos casos de síndrome respiratória

A vacina ainda é a melhor prevenção contra síndromes respiratórias. Foto: Divulgação

A Prefeitura de Marília decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no município. A medida, publicada no Diário Oficial do Município na última sexta-feira (30), segue uma tendência estadual e nacional de crescimento das internações por doenças respiratórias, especialmente causadas pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e pelo vírus Influenza A.

De acordo com o Decreto nº 14.688, o número de atendimentos por SRAG nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade cresceu 65,9% em abril. Foram 2.751 ocorrências registradas no mês, contra 1.658 em janeiro. Somente na pediatria, mais de 1.150 atendimentos por doenças respiratórias foram realizados em abril.

“A situação é mais crítica entre crianças menores de dois anos e idosos, que já representam a maior parte das internações nas nossas unidades. Por isso, adotamos medidas emergenciais para ampliar a oferta de leitos junto aos governos estadual e federal”, afirmou a secretária municipal da Saúde, Paloma Libanio.

O decreto terá validade inicial de 90 dias, podendo ser prorrogado conforme a evolução dos indicadores epidemiológicos. Paloma reforça a importância da prevenção neste momento. “As vacinas salvam vidas. A imunização contra a Influenza A está disponível para toda a população a partir dos seis meses de idade. Com a queda de temperatura, é fundamental redobrar os cuidados, evitando aglomerações, usando máscaras e higienizando as mãos.”

O cenário em Marília acompanha os dados divulgados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que, em seu Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 21 (18 de abril a 25 de maio), aponta crescimento nacional nos casos de SRAG por influenza A e VSR. Em 2025, já foram notificados 75.257 casos da síndrome no país, dos quais 48,7% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório.

O boletim alerta para o aumento da mortalidade entre idosos e crianças de até dois anos. A incidência da doença é considerada de moderada a muito alta entre jovens, adultos e idosos. Atualmente, 22 das 27 unidades federativas brasileiras estão em nível de alerta ou risco, com tendência de crescimento a longo prazo.

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