Marília não fica nem entre as 500 do país no ranking do progresso social

Marília decepcionou no ranking do progresso social, o IPS Brasil 2024, divulgado recentemente. A cidade não ficou nem entre as 500 do país no levantamento e perdeu para as de mesmo porte, como Araraquara, São Carlos e Presidente Prudente, além das vizinhas Bauru e Pompeia. Numa escala de zero a 100, Marília alcançou a média de 64,61, o que a deixou na 511ª colocação entre 5.570 municípios.

O IPS (Índice do Progresso Social) é composto por indicadores de fontes públicas que são exclusivamente sociais e ambientais, que medem resultados e não investimentos. O índice avalia três dimensões, sendo elas necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades, divididas em 12 componentes: nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, moradia, segurança pessoal, acesso ao conhecimento básico, acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, qualidade do meio ambiente, direitos individuais, liberdades individuais e de escolha, inclusão social e acesso à educação superior.

Segundo o levantamento, na primeira dimensão, Marília obteve a nota 81,08 e a 577ª colocação. São levados em consideração, por exemplo, cobertura vacinal da poliomielite, hospitalização por condições sensíveis à atenção básica, abastecimento de água, domicílios com coleta de lixo e iluminação adequada, homicídios e mortes no trânsito. 

Na segunda dimensão, fundamentos do bem-estar, a nota alcançada por Marília é de 73,07. São avaliados Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), evasão escolar, cobertura de internet, expectativa de vida, suicídios, áreas verdes urbanas, entre outros. Já na terceira, oportunidades, a nota obtida é a pior: 39,68. Nessa dimensão são levados em consideração, por exemplo, acesso a programas de direitos humanos, índice de atendimento às demandas da Justiça, acesso à cultura e lazer, gravidez na adolescência, paridade de gênero na Câmara, violência contra negros e mulheres e empregados com ensino superior. 

No ranking, entre as de mesmo porte, São Carlos ficou na 3ª colocação (nota 70,96), Araraquara na 10ª (70,22) e Presidente Prudente em 69ª (68,36). Bauru ocupa o 59º lugar e Pompeia o 13º, com nota 70,06.

Dados ajudam municípios no aprimoramento da qualidade de vida

O IPS é composto por dados socioambientais e de resultado, ou seja, não mede a quantidade de infraestrutura ou recurso investido em um município, mas se isso está trazendo resultados para as pessoas. É desenvolvido por meio da metodologia do Social Progress Imperative, em colaboração entre a Fundación Avina, o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e a Harvard Business School. Desde 2013, é divulgado o IPS Global, que analisa o desempenho dos países em termos de progresso social.

Segundo informações sobre a pesquisa no site do IPS, o levantamento é uma ferramenta de gestão que identifica e apresenta, em uma mesma escala, se as pessoas têm o que precisam para prosperar, desde necessidades básicas como abrigo, alimentação e segurança, até se possuem acesso à informação e comunicação, e se são tratadas igualmente, independentemente de gênero, raça ou orientação.

A nota geral do IPS do município é calculada através de uma média aritmética simples e varia de uma escala de 0 a 100, a qual identifica o melhor e o pior desempenho sobre cada indicador, componente ou dimensão avaliada. O IPS do Brasil geral ficou em 60,24.

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