Marília registrou uma queda expressiva nos casos notificados de dengue e entrou em Alerta Verde, de acordo com o sistema InfoDengue. A mudança indica que o município não apresenta transmissão ativa da doença nem condições favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Na Semana Epidemiológica 24, entre os dias 8 e 14 de junho, foram notificados 41 casos, contra 153 registros na semana anterior. A redução é de 73,2%.
A saída do Alerta Vermelho, que indicava alta transmissão, foi comemorada pelo prefeito Vinicius Camarinha. “Temos que comemorar, pois mostra que as ações da Prefeitura estão sendo eficazes. Vamos seguir intensificando o trabalho e pedimos à população que continue colaborando, cuidando de seus quintais e eliminando possíveis focos de água parada”, afirmou.
A secretária municipal da Saúde, Paloma Libanio, afirmou que a partir de agora o foco será a preparação para a próxima sazonalidade da doença, prevista para começar a partir da segunda quinzena de novembro, com a elevação das temperaturas e o retorno das chuvas. Ela informou que o município fará uma reavaliação do plano de contingência e promoverá os ajustes necessários para enfrentar esse período com mais estrutura do que no ano anterior.
Desde o início do ano, a Prefeitura colocou em prática diversas ações para conter o avanço da dengue, entre elas a Operação Cata-Treco, que já recolheu mais de 300 toneladas de materiais inservíveis, a aplicação de nebulizações costais e noturnas (fumacê), a instalação de seis mil Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) e a intensificação das visitas dos agentes de saúde, com horários estendidos durante a semana e atividades aos sábados. O município também participa do programa BR Aedes, que utiliza tecnologia para apoiar o combate ao mosquito.
O InfoDengue é um sistema nacional de monitoramento e alerta para arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Ele utiliza a análise integrada de dados epidemiológicos, climáticos e informações da internet para fornecer boletins semanais às secretarias de saúde. Desenvolvido em 2015 por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e universidades federais, o sistema passou a ter alcance nacional em 2021, com o apoio do Ministério da Saúde.
