Marília registra apenas 7% no índice de umidade relativa do ar e pede ajuda

Marília está entre as cidades que registraram o menor índice de umidade relativa do ar no país, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Durante esta semana, quem esteve no município enfrentou apenas 7% nas marcações. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), é uma situação de estado de emergência e está bem longe do ideal, que é de 50% a 60%.

Essa condição no ar que respiramos é influenciada principalmente pelos incêndios que atingem a região. Em Pompeia, as chamas ainda queimam a vegetação natural de uma propriedade particular em Paulópolis, distrito da cidade. Os ventos, além de fazerem a propagação do fogo, espalham fumaça que viajam até aos municípios vizinhos e entram em Marília principalmente pela região Norte.

Como pedido de ajuda, foi enviado um ofício de denúncia e solicitação de apoio urgente ao Governo Federal. O documento, assinado pelo signatário do Pacto Global da ONU Ocean 20, Frederico Rodrigues da Silva, expressa a grave situação enfrentada na região de Marília e relata dificuldades no combate às chamas. O apelo é feito à Força Nacional e ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, através do nome da responsável pela pasta, Marina Silva.

Poucas horas depois, a ministra defendeu publicamente a criação de uma nova legislação que permite decretar emergência climática permanente em municípios mais vulneráveis a eventos climáticos extremos. A medida seria de maneira preventiva, ou seja, antes de os desastres acontecerem e sem que as despesas fossem contabilizadas em regras fiscais. As declarações foram dadas em uma entrevista à imprensa depois que Marina participou de uma audiência pública no Senado para tratar do panorama das queimadas e da seca no Brasil.

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