Os casos de meningite tiveram um aumento de 33,3% este ano, segundo dados do 37º boletim dos agravos de notificação compulsória. Até o último dia 14 de setembro, foram confirmados 28 registros da doença, ante 21 no mesmo período do ano passado. Os boletins são disponibilizados no Portal da Transparência do município.
Em relação a 2022 e 2021, o número deste ano também é superior. Até a 37ª semana epidemiológica destes dois anos, a Saúde havia confirmado 25 e sete casos, respectivamente. Apesar de registrar mais positivos, 2024 não é o que teve mais óbitos no período analisado.
Segundo dados da Secretaria da Saúde, este ano Marília tem duas mortes provocadas pela meningite meningocócica. A primeira ocorreu em janeiro, mas só foi confirmada em abril, de um homem de 58 anos que tinha hipertensão arterial. O segundo óbito foi de uma criança de seis anos, que aconteceu em março, mas que teve a causa confirmada um mês depois. As confirmações são feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, na Capital.
O ano com maior registro de perdas para a doença até a 37ª semana epidemiológica é 2022, com quatro. Em 2023, no mesmo período, foi notificado um óbito e, dois anos antes, nenhum. Em todo o ano passado, Marília notificou 33 casos e três mortes. Já em 2022 foram 35 e em 2021 os positivos chegaram a 26.
As unidades de saúde do município estão abastecidas com doses de vacinas contra a meningite, segundo informou ao O DIA a assessoria de imprensa da prefeitura. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece imunizantes para a maioria dos tipos da doença, como a pentavalente, pneumocócica 10 valente, meningocócica C e a conjugada ACWY.
Com a ocorrência de caso suspeito, a Saúde realiza bloqueios com familiares, que inclui terapia medicamentosa a todos que tiveram contato com o paciente, conforme estabelece o protocolo. As ações garantem que não ocorra a transmissão da doença. A meningite é uma infecção das meninges, que afeta toda a região cerebral e dificulta o transporte de oxigênio às células do corpo. São três tipos da doença: viral, fúngica e bacteriana. Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, rigidez na nuca, febre alta e vômito.