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Marília tem aumento superior a 45% no número de focos de incêndio, diz Inpe

Marília registrou, até as 14h desta sexta-feira, dia 2 de agosto, 45,76% mais focos de incêndio que no mesmo período do ano passado. Os números são disponibilizados pelo programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que realiza o monitoramento e coleta de dados para a prevenção de queimadas. Chamado de BD Queimadas, o programa permite acesso ao acervo de focos de fogo de todos os satélites recebidos pelo instituto.

Conforme levantamento feito pelo O DIA na ferramenta, de 1º de janeiro a 2 de agosto, o município registrou 86 focos de fogo, o que representa 0,2% do total do estado de São Paulo no período. Já no mesmo período de 2023, foram 59 focos. Em todo o estado, este ano, o programa informa 173,75% mais focos, chegando a 40.546. Comparado ao número de 2022, no mesmo período, o total deste ano é bem superior em Marília. Naquele ano, segundo o Inpe, foram registrados apenas 24 focos de fogo.

Somente entre os dias 1º e 2 de agosto, até as 14h, os satélites detectaram oito focos de incêndio. Entre este período, equipes do Corpo de Bombeiros atenderam chamados em diversos pontos da cidade. Com o aumento das queimadas, quem tem problema respiratório sofre mais, como é o caso da dona de casa Terezinha Ribeiro. “O tempo seco já judia bastante, tenho rinite e as crises aumentam. Com as queimadas, a situação piora e tenho que fazer sempre inalação e deixar o umidificador ligado para respirar melhor”, destaca.

Além de provocarem riscos à saúde, as queimadas oferecem perigo aos animais e destroem a fauna e a flora. Por isso, é importante lembrar que provocar queimadas é crime, mesmo em propriedades particulares (lei de Crimes Ambientais nº 9.605 de 1998, artigo 54).

CHUVAS

Com o tempo seco, a umidade relativa do ar é reduzida e a chance de ocorrerem queimadas aumenta. Até o fechamento desta matéria, segundo dados do Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas), não chovia em Marília desde o dia 11 de julho e a umidade relativa do ar, por várias vezes, esteve na casa dos 30%. Em julho, choveu na cidade 25,4 milímetros, já em junho apenas 1,78 milímetros no último dia do mês. 

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