Motoristas usam galões ao encontrar gasolina abaixo do preço médio

“É só aumentar o combustível que o pessoal passa a trazer galões para encher com gasolina ou até mesmo etanol”. O relato é de um frentista à reportagem do O DIA, que pediu para não ser identificado e percebeu o crescimento dessa atitude no posto em que trabalha, em Marília, antes da gasolina aumentar na última semana.

Desde terça-feira (9), a Petrobras subiu o valor do combustível em 7,11%. Em diferentes postos da cidade o preço do litro da gasolina passou a ser vendido acima dos R$ 6. E onde esse aumento não foi praticado imediatamente, houve a procura dos motoristas. Alguns levando até galões para transportar o produto.

A prática não é proibida, mas existem regras e a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) alerta para os riscos de armazenamento. A agência também recomenda aos donos de postos: nos casos em que a compra for motivada pela variação de preço dos combustíveis e pela expectativa de economia, não é aconselhável comercializar produtos em vasilhames transportáveis.

Outra orientação é sobre o recipiente. Só devem ser usados embalagens que forem destinadas pelo fabricante e certificada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para o fim especifico de armazenamento e transporte de combustíveis. Garrafas pet, vasilhames de produtos químicos e alimentícios, por exemplo, não devem ser utilizados. Para isso existe a Portaria 141, de 2019, que define regras e inspeção para venda realizada em embalagens preparadas e certificadas.

A orientação se aplica a todos os combustíveis e, segundo a ANP, após o transporte, o consumidor não pode e não deve armazenar os produtos em casa, já que é crime.

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