O número de denúncias contra o médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 43 anos, continua aumentando. Inicialmente denunciado pelo Ministério Público por crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável durante consultas psiquiátricas em Marília, o caso ganhou novos desdobramentos após o surgimento de novos relatos.
De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, que concluiu o inquérito inicial, o médico havia sido indiciado 16 vezes por importunação sexual e duas vezes por estupro de vulnerável em Marília. No entanto, novas vítimas continuam procurando a polícia. Com os registros mais recentes, o total de casos chegou a 31.
Além das ocorrências em Marília, o médico também é investigado por 11 denúncias registradas em Garça, que teriam ocorrido no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade. Há ainda um caso registrado em Lins.
Rafael Pascon está preso preventivamente desde 22 de outubro, após se apresentar espontaneamente à Polícia Civil acompanhado de advogados. Ele passou a noite na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília e, no dia seguinte (23), foi transferido para a Penitenciária 2 (P2) de Gália. A defesa entrou com pedido de habeas corpus, mas a Justiça decidiu manter a prisão do médico.
Mesmo com o inquérito já encaminhado ao Ministério Público, a Polícia Civil reforça que novas vítimas podem e devem procurar a DDM para registrar ocorrência, pois a investigação permanece aberta para acolher novos depoimentos.
A defesa do médico nega todas as acusações.