O Museu de Paleontologia de Marília completou 21 anos no dia 25 de novembro e preparou uma programação especial para celebrar a data. Nesta sexta-feira (28) e sábado (29), das 13h às 17h, os visitantes poderão conhecer o paleontólogo William Nava, responsável pelo acervo do espaço. Durante a ação, ele irá conversar com o público sobre suas descobertas e presentear as crianças com pequenos fragmentos de fósseis.
A data marca mais de duas décadas de pesquisa, educação e preservação do patrimônio fossilífero da região, reconhecida nacionalmente pelos achados da era Cretácea, de aproximadamente 70 milhões de anos. O Museu mantém uma equipe de atendentes que orienta moradores, turistas e grupos escolares, oferecendo informações sobre as espécies encontradas no Oeste paulista e os principais trabalhos de escavação realizados ao longo dos anos.
O espaço permite que o público toque em um fóssil verdadeiro de dinossauro, registre fotos e conheça detalhes sobre por que Marília concentra tantos registros pré-históricos. O acervo inclui fósseis de dinossauros, invertebrados, crocodilos primitivos, ovos fossilizados e paleoartes que reconstroem cenários da fauna da época. Duas réplicas chamam a atenção: um Titanossauro de 12 metros instalado na área externa e um Abelissauro de 4 metros na parte interna. Totens interativos, óculos 3D de realidade virtual e QR Codes ampliam a experiência dos visitantes.
Inaugurado em 2004, o Museu nasceu a partir do acervo reunido por Nava desde 1993 e se consolidou como referência nacional em paleontologia. Em reconhecimento a esse trabalho, a Prefeitura anunciou que planeja uma nova sede — mais ampla, estruturada e em área de maior destaque na cidade.
“O Museu é uma referência no Estado, um equipamento cultural e turístico que recebe visitantes de todo o Brasil. Agora, terá um espaço ainda mais moderno”, afirmou o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Vitor Gazola.
A secretária de Cultura, Taís Monteiro, também destacou a importância do equipamento. “A temática dos dinossauros encanta crianças e adultos, e Marília tem grande destaque nesse cenário. Vida longa ao Museu, que em breve estará em nova sede”, disse.
Nava reforça que o acervo local possui reconhecimento internacional. Há cerca de um ano, fósseis de uma ave primitiva encontrados por ele foram publicados na revista científica Nature, batizados de Navaornis hestiae, ampliando a projeção do trabalho desenvolvido em Marília. O Museu mantém parcerias com instituições como UnB, UFRJ, Museu Nacional, MACN (Buenos Aires) e Natural History Museum (Los Angeles) para análise e estudo das espécies encontradas.