Nomeação para Saúde gera polêmica e repercute entre servidores de carreira em Marília

Nomeação feita por Alonso para a Secretaria da Saúde gerou polêmica e desconforto. Foto: Assessoria de Imprensa

Portaria assinada pelo prefeito Daniel Alonso (PL), publicada no Domm (Diário Oficial do Município de Marília) do último dia 23, gerou polêmica e teve repercussão negativa entre alguns servidores de carreira da Secretaria Municipal da Saúde, conforme apurou o O DIA. O chefe do Executivo nomeou Cássia Cristina Borges Palhas para o exercício do cargo, em comissão, de secretária adjunta da Saúde, uma das funções mais importantes da pasta, com praticamente as mesmas atribuições do titular.

Cássia é de Ourinhos e já ocupou a função de secretária da Saúde do município de 2017 a 2021. É formada em fisioterapia e pós-graduada em saúde pública e também já teve passagem profissional por Marília e Salto Grande. A nomeação de alguém de fora para um cargo tão importante gerou descontentamento entre os servidores de carreira, já que a Saúde conta com bons profissionais. Conforme apurou a reportagem, vários deles tinham a expectativa de serem reconhecidos e valorizados.

A nomeação também gerou polêmica porque Cássia foi alvo, em Salto Grande, juntamente com outros denunciados (ex-prefeito e quatro médicos), de ação penal proposta pelo Ministério Público, sendo condenada em primeira e segunda instâncias pela Justiça por ter recebido pagamentos indevidos com subvenção municipal destinada ao Hospital São Sebastião de Salto Grande, por supostos serviços em fisioterapia não prestados. Na época, ela exercia o cargo de diretora municipal de Saúde de Salto Grande e alegou que prestava assessoria administrativa ao hospital.

No acórdão, o relator Marcos Correa manteve a decisão de converter a pena na prestação de serviços comunitários e pagamento de multa em favor de entidade assistencial, além da perda de cargo público, caso o exerça, bem como a inabilitação, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública. Acórdão é de dezembro de 2023. Cássia negou as acusações no processo e ainda cabe recurso em tribunal superior.

A Prefeitura de Marília foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria.

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