Duas pessoas presas por mandado de prisão preventiva, uma em flagrante delito por descumprimento de medidas protetivas e 27 vítimas atendidas em residências pelas equipes policiais. Esse é o resultado da operação “Shamar”, em Marília, coordenada pelo Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar e que contou com a participação da Força Tática, helicóptero Águia, Rocam (Rondas Ostensivas com Apoios de Motocicletas) e investigadores da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e SIG (Serviço de Investigação Geral).
De acordo com a delegada Darlene Rocha Costa, chefe da DDM na cidade, a operação combateu crimes contra as mulheres e foi realizada para lembrar o dia do aniversário da Lei Maria da Penha, na última quarta-feira (7), quando o dispositivo completou 18 anos. A ação continuará sendo realizada durante agosto, mês conhecido também pela cor Lilás, que simboliza as campanhas de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres e tem como objetivo ampliar a divulgação sobre os direitos das vítimas, além dos serviços especializados para acolhimento, orientação e denúncia. Neste ano, a mensagem principal da ação é “Feminicídio Zero – Nenhuma Violência Contra a Mulher Deve ser Tolerada”, lançada pelo Ministério das Mulheres.
Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023 – o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015. As agressões decorrentes de violência doméstica tiveram aumento de 9,8%, e totalizaram 258.941 casos. Houve alta também nas tentativas de feminicídio (7,2%, chegando a 2.797 vítimas) e nas tentativas de homicídio contra mulheres (8.372 casos no total, alta de 9,2%), além de registros de ameaças (16,5%) e estupro (6,5%).
