Apenas no mês de dezembro, a Prefeitura de Marília assinou quatro novos Termos de Acordo para parcelamento da dívida do município com o Ipremm (Instituto de Previdência Municipal de Marília), totalizando cerca de R$ 205,8 milhões. Conforme já noticiado pelo O DIA, o montante considera os valores de R$ 23.300.737,29 e de R$ 9.716.482,29, referentes a débitos não pagos pelo município e pelo extinto Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) ao RPPS (Regime Próprio de Previdência Social). Documento publicado no último dia 13 no Domm (Diário Oficial do Município de Marília) soma os valores de R$ 78.183.226,69, referente à dívida de 2022, mais R$ 90.745.560,17, relativos ao déficit de 2023. São mais de R$ 16 milhões somente em aplicação de juros.
A primeira parcela da expressiva conta tem uma fatura que totaliza R$ 3,4 milhões, a ser paga em janeiro, em uma transferência de responsabilidade para a próxima gestão, que herda a dívida histórica com o Ipremm. Os parcelamentos, com vencimentos fixados em todo dia 10, foram aprovados pela Câmara. Os acordos envolvem contribuições previdenciárias patronais, não repassadas durante os últimos anos. Serão 60 parcelas mensais, sendo R$ 616,9 mil dos dois primeiros acordos e outros R$ 2,8 milhões dos dois últimos.
A dívida do município é consolidada, de acordo com o Sadipem (Sistema de Análise da Dívida Pública, Operações de Crédito e Garantias da União, Estados e Municípios) do Tesouro Nacional, em R$ 1.376.066.488,44. A estimativa, entretanto, é que o valor ultrapasse R$ 1,5 bilhão, chegando próximo ao Orçamento de 2025, de R$ 1,7 bilhão. Nesse contexto, o Ipremm é o maior credor da cidade de Marília, com valores que batem a expressiva cifra de R$ 557,4 milhões.