A Polícia Civil de Marília investiga um caso de possível violência sexual contra uma criança de um ano e sete meses, registrado na manhã deste sábado (22). A ocorrência foi comunicada após atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona Norte, onde uma médica plantonista teria identificado um hematoma esverdeado na região pubiana da menina.
A criança chegou à unidade de saúde acompanhada da avó paterna, que relatou ter sido chamada no dia anterior pela mãe da menina, informando que ela estaria com febre e vômito. Ao chegar à residência, ela encontrou a criança sob os cuidados de dois homens desconhecidos, que, segundo ela, aparentavam estar sob efeito de drogas. A mãe da criança não estava no local no momento do resgate.
A mulher percebeu que a menina apresentava comportamento incomum, estava agitada e não permitia contato físico. Ao trocar a fralda, notou o hematoma, motivando a busca por atendimento médico. No imóvel, encontravam-se também outras três crianças, todas pequenas, sob supervisão dos mesmos homens desconhecidos.
A Polícia Militar foi até a casa e encontrou a mãe da criança, que estava dormindo no sofá, apresentando sinais de uso recente de drogas. No local, foram encontrados diversos pinos plásticos vazios, que costumam ser usados para armazenamento de entorpecentes. Questionada, ela teria afirmado ter deixado a filha momentaneamente sob responsabilidade de dois conhecidos.
Após avaliação inicial na UPA, a criança foi encaminhada ao HMI (Hospital Materno Infantil), sob orientação médica, e depois conduzida ao IML (Instituto Médico Legal) para realização de exame sexológico, que deverá confirmar ou descartar a hipótese de violência sexual. Até o momento, nenhuma das médicas que atenderam a criança havia atestado abuso, apenas registrado a lesão observada.
O Conselho Tutelar acompanhou o caso e entregou temporariamente a criança aos cuidados da avó, mediante termo de responsabilidade. A mãe e demais envolvidos foram encaminhados à Delegacia para os devidos esclarecimentos. O caso segue sob análise da Polícia Civil.
