quarta-feira, 26
de
novembro
de
2025
⛅ 18°C

Polícia Civil prende egresso do sistema prisional por tráfico e associação na zona Norte

Promotor determinou ação da polícia militar para coibir novos tumultos entre jovens. Foto: Unsplash

A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) prendeu em flagrante, na manhã desta terça-feira (25), um homem de 28 anos suspeito de atuar no tráfico de drogas na Vila Barros, zona Norte de Marília. A região é conhecida como ponto de venda de entorpecentes, onde o investigado estaria atuando como “olheiro”.

Por volta das 9h30, equipes da Dise montaram uma operação após levantamentos apontarem intensa movimentação de tráfico na rua Salvador Salgueiro, área cercada por vielas que levam a um matagal usado como rota de fuga.

Durante a ação, os policiais observaram um homem com uma sacola volumosa, em atitude típica de vendedores de drogas. Nesse momento, outro indivíduo saiu do matagal gritando “olha o bicho, tá moiado”, alertando sobre a presença da polícia.

O olheiro tentou fugir, mas foi detido cerca de 30 metros adiante. Já o homem que carregava a sacola correu para um barranco nos fundos do bairro e conseguiu escapar, deixando cair diversos microtubos durante a fuga.

Na revista pessoal, os policiais encontraram dois microtubos com crack e uma porção de maconha embalada em plástico filme. Ao refazer o trajeto do suspeito que fugiu, os investigadores ainda recolheram outros 56 microtubos com cocaína arremessados pelo caminho. Todo o material foi apreendido.

Segundo a Dise, o detido atuava como olheiro para alertar o traficante com a sacola, função considerada essencial dentro do esquema do tráfico urbano. Ele admitiu ter gritado ao ver a chegada da equipe, mas negou receber dinheiro pelo serviço.

O suspeito é egresso do sistema prisional — deixou a penitenciária em abril de 2024 — e possui antecedentes por tráfico e roubo. Disse estar em situação de rua.

Diante das circunstâncias, a Dise o autuou pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Polícia Civil representou pela conversão do flagrante em prisão preventiva, citando risco de reiteração criminosa e necessidade de garantir a ordem pública.

Após exame de corpo de delito, o homem foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Álvaro de Carvalho. Se condenado, poderá cumprir até 25 anos de prisão.

Leia também