Com mais de 300 mulheres aguardando pelo procedimento, a Prefeitura de Marília iniciou uma capacitação voltada à inserção do DIU (Dispositivo Intrauterino) e à promoção da saúde sexual e reprodutiva. A formação é realizada em parceria com o Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) e conta com apoio das secretarias de saúde de Barra Bonita e Lins.
As aulas conduzidas por instrutoras do Coren-SP foram realizadas durante toda a semana na Unidade Básica de Saúde Nova Marília, na zona Sul da cidade. A capacitação foi dividida em duas etapas: a teórica, que aconteceu entre os dias 23 e 25, e a prática, que teve início na quinta-feira (26). Participam do treinamento 19 enfermeiros da Rede Municipal de Marília e profissionais convidados de Vera Cruz e Paraguaçu Paulista.
Nesta fase prática, quatro enfermeiras da rede local estão recebendo o treinamento para atuar diretamente com a inserção do DIU: Nathália Cristina Plaza Caprioli Basta (USF Vila Real), Nathalia Garcia de Barros (USF Costa e Silva), Carolina Guizardi Polido (APS – Saúde da Mulher) e Fabiana Fernandes dos Santos (Ambulatório de Especialidades Nova Marília).
Segundo a secretária municipal da Saúde, Paloma Libanio, o objetivo da capacitação é atender à demanda reprimida e inserir o procedimento de forma permanente na rede pública. “Esse treinamento gratuito, oferecido pelo Coren-SP, permitirá zerar a fila das mais de 300 mulheres que aguardam o DIU. Depois disso, a inserção será incorporada à rotina das unidades, como orientação do prefeito Vinicius Camarinha”, afirmou.
Mulheres interessadas em colocar o DIU devem procurar a unidade de saúde de referência para agendar uma consulta e verificar a indicação do método contraceptivo. De acordo com a enfermeira Carolina Guizardi Polido, da Saúde da Mulher, as contraindicações principais são para mulheres que ainda não tiveram relação sexual ou que apresentem problemas uterinos diagnosticados. “Todas as nossas unidades estão aptas a orientar. A primeira consulta é fundamental para esclarecer dúvidas e avaliar se o DIU é o método ideal para cada paciente”, explicou.