Prefeitura diz que demolição do poliesportivo da Vila Altaneira dará lugar a novo projeto

A demolição do Centro Comunitário Integrado Olício Gadia, mais conhecido como Poliesportivo da Vila Altaneira, pôs fim a uma história de mais de três décadas do espaço destinado a atividades culturais, esportivas e educacionais na cidade de Marília, que soma-se a lista de outros espaços públicos em estado de abandono, em todas as regiões da cidade. 

A Matra (Marília Transparente) enviou diversas representações denunciando a situação, o que motivou a ação civil pública do MP (Ministério Público), que transitou em julgado, ou seja, que não cabe mais recurso, na qual a Justiça determinou em definitivo, no dia 17 de maio de 2022, que a prefeitura realizasse as obras necessárias para reparar os danos e evitar o desperdício de dinheiro público em 18 espaços públicos municipais. 

De acordo com a Matra, na lista constam nove poliesportivos e oito centros comunitários, além do antigo parque aquático e da Praça Maria Izabel (ao lado da igreja São Bento), que encontram-se em estado de abandono. “Ocorre que a prefeitura ainda não cumpriu a decisão. Por isso, a Matra acaba de encaminhar um novo Ofício ao MP para que seja providenciado o pedido de cumprimento de sentença”, informou a Matra.

De acordo com a prefeitura, o local do antigo poliesportivo, na zona Leste da cidade, será revitalizado com a construção de quadra poliesportiva além de pista de caminhada, e informa que os trabalhos devem começar já nas próximas semanas.

FICOU NO PAPEL

Em 2016, a prefeitura ameaçou o início de uma reforma, que não saiu do papel. Equipes de servidores deram início à retirada do telhado do ginásio para a troca da estrutura, mas o trabalho parou aí. O que já estava deteriorado, piorou, correndo risco de desabamento.

Em 2020, o município conquistou recurso federal para viabilizar a reforma do poliesportivo e foi aberta licitação. Em 2021, foi contratada a empresa Kadora, pelo valor de R$ 170 mil, mas a reforma não aconteceu. Em fevereiro deste ano, o contrato foi cancelado pelo Executivo. A reforma era uma promessa de campanha eleitoral do atual governo.

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