Professores da rede estadual de Marília realizaram na manhã de quarta-feira (1º) um protesto na Diretoria Regional de Ensino. O ato teve como objetivo criticar mudanças na atribuição de aulas e cobrar garantias de manutenção de seus postos de trabalho.
Segundo Rafael Tavares Dias, professor e integrante do MOP (Movimento de Organização Popular), a mobilização ocorreu após a convocação de docentes para uma nova atribuição de aulas remanescentes. “Alguns colegas foram removidos de suas escolas e realocados em outras unidades, por vezes recebendo menos em razão da carga horária”, afirmou.
De acordo com ele, projetos como Sala de Leitura e Proati (Projeto de Apoio à Tecnologia da Informação) foram afetados, já que professores foram deslocados para assumir disciplinas do currículo regular.
A medida se baseia na Resolução nº 95/2024 da Secretaria de Estado da Educação, que estabelece como prioridade o preenchimento das aulas vagas em cada diretoria de ensino, ainda que isso implique na revisão da carga de docentes em projetos específicos. Professores e sindicato, porém, afirmam que, na prática, a aplicação da norma trouxe prejuízos às condições de trabalho e deixou programas sem profissionais.
O diretor estadual da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Juvenal Aguiar, informou que o sindicato entrará com ação coletiva em defesa dos professores. Ele destacou que os mais prejudicados são os docentes da categoria O, contratados de forma temporária, em razão da falta de concursos.
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação informou apenas que precisaria dos nomes dos docentes para verificar os casos.
