Cerca de 40 pessoas, entre funcionários da rede municipal de ensino de Queiroz e professores, passaram por capacitação em noções básicas de primeiros socorros para o cumprimento da obrigatoriedade conhecida como Lei Lucas. A formação foi ministrada pela enfermeira, mestre em Pesquisa Clínica e especialista em Urgência e Emergência de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Ariane Delitti.
A Lei Lucas, criada em 2018, determina que o curso deve ser ofertado anualmente para capacitar novos funcionários que iniciarão o trabalho com a volta às aulas, e também para fazer a reciclagem de funcionários antigos. Estes cursos devem ser ministrados por entidades municipais ou estaduais especializadas em cuidados de emergência (nas escolas públicas) e por profissionais habilitados (nas escolas privadas).
Há penalidades para a unidade de ensino que não capacitar os profissionais. A primeira é uma notificação, seguida de multa e a cassação do alvará em caso de reincidência (para estabelecimentos privados) e responsabilização patrimonial (no caso da rede pública).
A lei leva o nome de Lucas Begalli, que tinha apenas 10 anos quando perdeu a vida durante uma excursão da escola em que frequentava, em Campinas. A criança morreu em 2017, por asfixia, ao engasgar-se com um pedaço de salsicha do cachorro-quente que comia. Foi constatado que ele não recebeu os primeiros socorros de forma rápida e adequada. Após o engasgamento, Lucas foi transferido em uma UTI móvel para o hospital, mas infelizmente não resistiu. Durante os 50 minutos de tentativas de ressuscitação, ele sofreu sete paradas cardíacas.
A obrigatoriedade da capacitação em primeiros socorros também deixa os funcionários e professores da educação aptos no atendimentos de outros acidentes, como quedas, até que o suporte médico chegue ao local.