Mais uma vez o projeto Nema Vision, desenvolvido por estudantes da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Pompeia, conquistou um prêmio. Desta vez os alunos ganharam o primeiro lugar no Desafio da Inovação Holambra, superando outras instituições, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a USP (Universidade de São Paulo).
A competição teve início com 50 equipes inscritas, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação. Destas, 26 foram selecionadas para a segunda fase, com mentorias para o desenvolvimento das iniciativas. “Inicialmente, não estava muito esperançoso de vencer, pois a concorrência era muito forte, com equipes de universidades renomadas. Mas, à medida que os projetos foram sendo apresentados, comecei a ficar mais confiante”, explica um dos alunos desenvolvedores do Nema Vision, Israel Oliveira, em nota da assessoria de imprensa do Centro Paula Souza, que a Fatec faz parte. Ele trabalhou no projeto ao lado de Felipe Oliveira e Miguel Piffer, com orientação dos professores Hannes Fischer e João Favan.
Em agosto, o projeto dos alunos da Fatec de Pompeia já tinha sido destaque entre 112 finalistas da 15ª Feteps (Feira Tecnológica do Centro Paula Souza), garantindo a primeira posição. O Nema Vision é um software para identificação automatizada de fitonematoides (parasitas que invadem as raízes das plantas) em amostras de solo. A tecnologia utiliza inteligência artificial, visão computacional e aprendizagem profunda, método artificial que ensina computadores a processarem dados de uma forma inspirada pelo cérebro humano. “A proposta aborda uma lacuna no mercado, oferecendo uma alternativa acessível para análises agrárias de solo, cruciais para o diagnóstico e tratamento desta praga”, destaca a nota do Centro Paula Souza.
BICUDO /Israel Oliveira também desenvolveu com o aluno da Fatec Luís Gava, em parceria com o estudante Gabriel Shiniti, da Unesp, o projeto Bicudo, que ficou na segunda colocação no Prêmio Jovens Inovadores Sicredi 2024. O grupo foi orientado pela professora da Fatec de Pompeia, Renata Favan. “A criação dos alunos consiste em uma armadilha tecnológica para monitorar e combater o besouro Sphenophorus levis, popularmente conhecido como bicudo, uma das principais pragas que atingem as lavouras de cana-de-açúcar”.
Os alunos da Fatec de Pompeia pretendem dar continuidade ao desenvolvimento da tecnologia como trabalho de graduação.
