O número de denúncias contra o médico psiquiatra que atuava no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de Garça continua aumentando. A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) instaurou uma nova investigação após o registro de mais duas queixas de importunação sexual. Com esses novos casos, já são quatro mulheres em Garça que decidiram romper o silêncio e procurar a polícia.
As denúncias mais recentes foram registradas nesta segunda-feira (20) e envolvem uma paciente de 65 anos e outra de 43. Ambas relataram terem sido vítimas de comportamentos inapropriados do psiquiatra durante consultas. Além dos casos em Garça, ele também é investigado por 14 episódios de importunação sexual em Marília, além de uma suspeita de estupro.
No primeiro novo registro, a mulher de 65 anos contou que, durante atendimentos realizados em 2018, o médico passou a agir de forma inadequada, com abraços e gestos de intimidade que a deixaram constrangida. Em uma das ocasiões, segundo o relato, ele a segurou contra o corpo, inalou seu perfume e encostou a boca em seu pescoço.
O segundo caso envolve uma paciente de 43 anos, que afirmou ter sido beijada à força durante uma consulta no fim de 2022. A vítima relatou que ficou em estado de choque e decidiu interromper parte do acompanhamento médico após o episódio.
As denúncias foram formalizadas em boletins de ocorrência e estão sendo apuradas pela equipe da DDM de Garça.
A Polícia Civil reforça que qualquer pessoa que tenha sido vítima ou testemunhado condutas semelhantes deve procurar a Delegacia de Defesa da Mulher. Segundo a corporação, as denúncias ajudam a fortalecer as vítimas já identificadas e encorajam outras a se manifestarem.
O médico já foi desligado do Caps de Garça e afastado de uma cooperativa de plano de saúde em Marília.