O psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 43 anos, foi indiciado por 16 casos de importunação sexual e dois de estupro de vulnerável, todos relacionados a atendimentos realizados em Marília. Ele está preso preventivamente na P2 (Penitenciária 2) de Gália e também é investigado por abusos em Garça e Lins. A conclusão do inquérito foi anunciada nesta sexta-feira (1º) pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), sob comando da delegada Darlene Costa Tozin.
O inquérito foi encerrado após o interrogatório do médico, realizado de forma presencial na P2. Inicialmente marcado para quinta-feira (30), o depoimento precisou ser remarcado por problemas técnicos, o que impossibilitou a videoconferência. Durante a oitiva, Pascon permaneceu em silêncio, mas reiterou em juízo que é inocente das acusações.
Além dos casos em Marília, ele é investigado por dez denúncias de importunação sexual em Garça e uma em Lins, envolvendo pacientes em situação de vulnerabilidade emocional e clínica.
O médico atuava no Caps de Garça, por contrato com a AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil), e atendia pela Unimed, mas foi desligado das instituições após as denúncias.
A conclusão do inquérito permite o envio dos autos ao Ministério Público, que decidirá sobre o oferecimento da denúncia à Justiça. A DDM orienta que outras possíveis vítimas procurem a Polícia Civil para registro das ocorrências.
Pascon foi preso em 22 de outubro, após diversas denúncias. O pedido de prisão preventiva foi feito pela DDM de Marília. Outros inquéritos seguem em andamento em Garça e Lins.
