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Servidores de Herculândia protestam e cobram da prefeitura reajuste salarial

Manifestantes seguravam cartazes com frases de protesto em frente à Prefeitura de Herculândia. Foto: Sindher/Divulgação

Servidores municipais de Herculândia realizaram uma manifestação pacífica nesta semana, reivindicando principalmente reajuste salarial e aumento no vale-alimentação. O Sindher (Sindicato dos Servidores Municipais de Herculândia) estuda a possibilidade de greve caso as demandas não sejam atendidas. A prefeitura, por sua vez, alega que “será feito um levantamento financeiro para ver o que pode ser feito”.

Em entrevista ao O DIA, Douglas Henrique de Pieri, presidente do Sindher, conta que, em 14 de abril último, houve uma reunião entre representantes da entidade, da administração municipal e vereadores da cidade, para tratar de 22 assuntos relacionados aos 520 servidores da prefeitura, que vão desde o reajuste salarial até a exigência do fornecimento de uniformes e EPIs (equipamentos de proteção individual).

O principal debate, contudo, tange os vencimentos. A categoria pede a reposição da inflação – de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o índice é de 4,77% em 2025 -, somada a um aumento real de 10% com retroativo desde janeiro, além de incremento no vale-alimentação, hoje de R$ 261,54, para R$ 500,00.

Ainda de acordo com o líder sindical, a prefeitura afirmou que não concederia reajustes ou reposições, nem retroativas. A única alteração ocorreu em janeiro deste ano, quando o município readequado – e não reajustado – o salário dos trabalhadores das referências de 1 a 12, que recebem um salário-mínimo, atualizado pelo Governo Federal para R$ 1.580,00 em 2025.

DECRETO /Na última terça-feira (29), um novo decreto municipal elevou em 5% os vales-alimentação dos servidores, que chegou a R$ 274,62 com o acréscimo de R$ 13,04. “Houve uma grande indignação em cima desse valor. Não dá para comprar nem uma dúzia de ovos”, destaca Douglas Henrique.

Indignados pelo valor inferior ao que foi reivindicado, o sindicato convocou uma assembleia, onde os servidores decidiram pelo protesto desta quarta-feira (30). “Antes de entrarmos em uma negociação salarial, temos o cuidado de pagar uma assessoria contábil para analisar se o município tem dinheiro suficiente para fazer esse ajuste, porque sabemos que tem questões importantes como saúde, educação, segurança pública, entre outros. E vimos que tem margem para essas porcentagens. Mas o prefeito não quer”, complementa o presidente do Sindher.

PROTESTO /De acordo com o sindicato, cerca de 150 manifestantes partiram da Sindher e, em passeata, chegaram à frente do Paço Municipal, onde permaneceram concentrados durante duas horas, usando alguns acessórios, como narizes vermelhos, e cartazes com frases de protesto.

Durante o ato, os servidores foram recebidos pelo vice-prefeito, Tião Barraca, já que o prefeito Paulinho estava em São Paulo para assinar convênio com o Governo do Estado.

RETROATIVO /Ao O DIA, Tião Barraca afirmou que “está se viabilizando a reposição de 5% da inflação do salário de todos os servidores (inclusive aqueles que receberam a readequação ao salário-mínimo em janeiro), com pagamento retroativo desde janeiro deste ano”, que foi alinhada com a Câmara dos Vereadores em reunião.

Em relação ao aumento do vale-alimentação, o vice-prefeito pontuou que será “feito um levantamento financeiro para ver o que pode ser feito”.

GREVE /O presidente do Sindher assegura que, caso não tenham retorno da prefeitura, manifestações mais longas serão realizadas, e ainda não descartam a possibilidade de uma paralisação.

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