Tribunal de Contas multa Daniel Alonso por toneladas de merenda escolar estragadas

Carne era armazenada de forma inadequada; sete toneladas no lixo. Foto: Reprodução/CPI

O TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) aplicou uma multa no valor aproximado de R$ 7 mil contra o prefeito Daniel Alonso pelo perecimento de sete toneladas de carne que seriam destinadas à merenda escolar de Marília. Além do chefe do Executivo mariliense, foram multados no mesmo valor o ex-secretário municipal da Educação, Roberto Cavallari Filho, e a ex-coordenadora da Cozinha-Piloto, Dolores Domingos Viana Locatelli.

O processo surgiu a partir de um ofício encaminhado ao TCE-SP com as conclusões da “CPI da Cozinha-Piloto”, instaurada pela Câmara Municipal de Marília em 2018 para apurar irregularidades na manipulação e armazenagem do produto. Isso porque, no início deste ano, foi encontrada grande quantidade de carne estragada na Divisão de Alimentação Escolar, conhecida como “cozinha-piloto”. A mercadoria seria distribuída como merenda escolar na rede pública de ensino municipal e entidades conveniadas.

Conforme consta no relatório final da CPI, as principais causas que levaram ao ocorrido foram a precariedade da câmara fria que armazenava os alimentos, bem como sua adaptação para congelamento, o desligamento constante e religamento com acionamento manual, a superlotação de carne, o impedimento da circulação de ar e o ato de descongelar, moer a carne e recongelar.

O trio foi considerado responsável, portanto, pela contaminação e perda de mais de sete toneladas de carne. O prejuízo estimado, na época, foi de aproximadamente R$ 160 mil.

O Ministério Público ajuizou ação no TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) com denúncia sobre possível improbidade administrativa, mas o pedido foi considerado improcedente e foi arquivado.

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