Quase R$ 85 mil em multa por alterar a qualidade da água do rio Tibiriçá e por criar condições inadequadas para a vida aquática no trecho do manancial que passa por Queiroz. Essa é a decisão da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), sobre a mortandade de peixes ocorrida no final do mês passado. De acordo com a companhia, a punição foi aplicada à usina Clealco Açúcar e Álcool.
Em nota, a empresa informou que “suas operações seguem práticas sustentáveis e que cumprem as normas regulamentadoras aplicáveis, e ratifica que não executa ou incentiva ações que impactem negativamente o meio ambiente”.
No mesmo texto a Clealco afirma que “possui um mapeamento detalhado de suas operações e não encontrou nenhuma evidência que correlacione a empresa ao ocorrido”.
A usina termina o comunicado dizendo que “o auto de infração recebido não conclui que o fato em questão tenha sido causado pela empresa”.
Técnicos da Cetesb e policiais ambientais estiveram no dia 27 de maio em Queiroz, coletando amostras da água do rio Tibiriçá. O estudo verificou se houve despejo irregular de resíduos no rio, principalmente de compostos químicos líquidos.
A Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar a mortandade de várias espécies de peixes no local. Entre eles, o Dourado, conhecido como “Rei do Rio”. Uma representação sobre o caso foi entregue ao Ministério Público do estado.
Na época, alguns peixes também foram encontrados mortos em Luiziânia, cidade a 20 quilômetros de distância de Queiroz. As espécies, sem vida, estavam no rio Aguapeí, conhecido também como Feio, onde o Tibiriçá deságua.